Entre os acordos de cooperação acertados pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, durante visita à sede da Unesco, em Paris, está a utilização do satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto (CBERS) para uso em monitoramento ambiental e prevenção de desastres naturais em países africanos de língua portuguesa, começando por Moçambique.
Ainda dentro dessa cooperação a Unesco ofereceu apoio especializado de técnicos na área de hidrologia e manejo de águas para o Instituto do Semi-Árido e reforço no resgate do ensino da ciência nas escolas secundárias, experiência já efetivada pela entidade, na Índia e no Egito. Durante o encontro com o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, o ministro recebeu um convite para participar da XXXII Conferência-Geral da entidade, em outubro, sobre ciência e tecnologia para o desenvolvimento e inclusão social. Roberto Amaral confirmou, ainda, a realização da III Sessão da Comissão da Unesco sobre Ética em Ciência e Tecnologia, no Rio de Janeiro.
O evento, de caráter internacional, é de extrema relevância para o estabelecimento de um padrão internacional de conduta em matéria de pesquisa naquelas áreas nas quais o progresso da ciência apresenta novos desafios de natureza ética, jurídica e moral, como a clonagem, o uso de células embrionárias humanas para pesquisa e a manipulação do código genético humano. Amaral ainda apresentou as prioridades da nova política do Governo Lula, na área de C&T, cuja principal característica é orientar o esforço nacional de pesquisa e desenvolvimento para o atendimento das necessidades de desenvolvimento econômico e social do país.