Um levantamento da Coordenação de Geoprocessamento do Instituto Socioambiental (ISA), a partir dos dados de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre 1997/2000, mostra que enquanto o desmatamento total da floresta era de 16,83%, o índice dentro das terras indígenas era de apenas 1,10%.
Nas unidades de conservação federais a porcentagem ficou em 1,52% e, nas estaduais, em 8,96%. O estudo reforça a importância das áreas protegidas para a manutenção da floresta. Enquanto o desmatamento total nessas áreas – incluindo unidades de conservação federais e estaduais e terras indígenas – era de 1,97%, o índice fora das áreas protegidas era de 23,58%.
Isto mostra que, se desconsiderarmos as áreas protegidas, no ano 2000 a porcentagem de desmatamento permitida na Amazônia pelo Código Florestal, de 20%, já havia sido ultrapassada. Esses dados são ainda mais significativos se pegarmos estados como Rondônia, onde o desmatamento fora de áreas protegidas chega a quase metade da floresta (48,18%), ou Mato Grosso (33,91%) e Pará (29,17%). Dentro das terras indígenas, esses índices eram, respectivamente, de 1,74%, 2,49% e 0,51%. O levantamento do Inpe só avalia as áreas dos estados cobertas de florestas e não leva em consideração áreas de cerrado ou formações pioneiras.
Mas é só observar as imagens de satélite para verificar a importância das terras indígenas também para a manutenção desses ecossistemas.
+Informações http://www.socioambiental.org/.