publicidade

Programa espacial brasileiro não avança sem recursos

publicidade

A explosão do foguete lançador de satélites brasileiro, na base de Alcântara no Maranhão, na última sexta-feira (22/8), pode contribuir para que o país passe a investir mais em seu programa espacial. Ontem (28/8), o coordenador da Estação Espacial Internacional do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Petrônio Noronha de Souza, declarou em entrevista ao programa de "De Olho no Mundo", uma co-produção da BBC Brasil e da rádio Eldorado em São Paulo, que um acidente como esse infelizmente talvez contribua para chamar atenção para a importância estratégica do programa e para a alocação de mais recursos no futuro. "Se tivermos de manter o programa espacial com o nível atual de recursos, não iremos muito além do que temos hoje ou iremos evoluir em um ritmo muito lento", afirmou Noronha.

O coordenador disse que em comparação com países em estágios semelhantes de desenvolvimento, ou que estavam em estágios semelhantes há uma ou duas décadas, como a Índia ou a China, a quantidade de recursos alocados no programa espacial brasileiro é muito modesta. A Índia, por exemplo, tem um orçamento dez vezes maior que os US$ 30 milhões destinados ao programa espacial brasileiro este ano. Já o governo da China anunciou que espera enviar seu primeiro astronauta ao espaço ainda em 2003.

"Estamos em uma encruzilhada", resumiu o especialista do Inpe, ao dizer que não é segredo para ninguém que os recursos para o programa espacial brasileiro são muito limitados.

As informações são da Agência Estado.

publicidade
Sair da versão mobile