A Secretaria do Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad/MG) determinou à FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) o mapeamento de pontos críticos de sua malha ferroviária no Estado, assim como a elaboração de um plano de emergência para áreas de risco.
Na última sexta-feira (10/10), um acidente com trem da empresa causou derramamento de óleo no rio Misericórdia, o que comprometeu o abastecimento de água na cidade de Ibiá (327 km a oeste de Belo Horizonte), de 21 mil habitantes. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) multou a FCA em R$ 1,8 milhão pelo acidente e interditou parte da ferrovia.
Segundo o Ibama, o acidente em Ibiá é o 24º da FCA no Estado desde 2000. Nos quatro trechos interditados pelo Ibama (Divinópolis/Uberaba, Divinópolis/Sabará, Araguari/Ibiá e Araguari/Uberaba), a empresa transporta por mês cerca de 116 mil toneladas de óleo diesel, óleo escuro, gasolina, álcool e químicos. A FCA informou que para transportar esse volume por rodovias seriam necessários 155 caminhões por dia. Em nota à imprensa, a empresa afirma que "vem investindo sistematicamente na manutenção da via e em melhorias operacionais nos trechos onde o transporte de cargas perigosas foi interrompido".
Segundo a FCA, a empresa investiu R$ 500 milhões entre 1997 a 2003, e mais de 50% foram aplicados na recuperação da malha ferroviária.