A proposta do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Pará prevê 62% do território estadual em áreas de proteção integral e uso sustentável, algo inédito, num investimento de até R$ 40 milhões.
O trabalho tem previsão para ser concluído em até quatro anos. O zoneamento ecológico-econômico é uma decisão estratégica, porque no mundo atual, as antigas barreiras fiscais e alfandegárias que marcavam as relações comerciais entre os países são, cada vez mais, substituídas por barreiras ambientais e sanitárias.
"Nós queremos que a relação do homem com a natureza seja pautada em critérios técnicos que nos permitam ser competitivos internacionalmente, que os produtos do Pará possam ser apresentados ao resto do mundo como produtos que são produzidos em condições ambientalmente corretas.
Esse é o objetivo do Zoneamento Ecológico-Econômico", afirmou o governador Simão Jatene, ressaltando a preocupação com o futuro. O Zoneamento Ecológico-Econômico do Pará conta com três diferenciais. O primeiro é uma proposta de zoneamento não do Estado inteiro.
O governo já identificou as áreas de proteção ambiental e sobre essas áreas não será feito o detalhamento. Mas vai detalhar um terço do território estadual, ou seja, de 400 mil quilômetros quadrados.
O segundo é a participação da sociedade na discussão do zoneamento, o que não ocorreu nos zoneamentos feitos nos estados brasileiros. O terceiro diferencial é que a visão do Zoneamento paraense tem uma visão ecológica e econômica, não simplesmente ecológica. O governo tem R$ 9 milhões para a tarefa e quer recursos federais e de órgãos internacionais como o Bird – Banco Mundial.
O investimento total no projeto deve chegar a R$ 40 milhões.