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Novo protótipo visa ajudar na preservação de gorilas em extinção na África

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Área de difícil acesso terá agora alcance graças a imagens geradas por satélites da ESA A Agência Espacial Européia (ESA) está disponibilizando suas primeiras imagens obtidas por satélites que mostram um habitat remoto de gorilas de montanha africanos em vias de extinção.

Ainda em fase de testes, o protótipo proporciona um vôo virtual sobre o Parque Nacional de Vulcões utilizando os dados de observação da Terra para cartografar a região, a fim de auxiliar o trabalho das entidades de conservação no interior dos parques e na sua área envolvente.

Os produtos cartográficos estão disponíveis na internet, no site da ESA e podem ser acessados por todos os interessados. Maryke Gray, responsável pelo monitoramento regional do Programa Internacional de Conservação de Gorilas (IGCP), diz que o produto é fantástico. "É emocionante ver alguns dos produtos que poderemos levar para o terreno futuramente", observa. "A área abrangida é um maciço vulcânico de difícil acesso; os poucos mapas disponíveis têm mais de três décadas e são, freqüentemente, imprecisos – para algumas zonas do território não possuímos mapa algum".

Ele complementa que as versões operacionais destes protótipos ajudarão a proteger os menos de 700 exemplares vivos desta espécie. Dennis Babasa, coordenador da monitoramento ecológico do Instituto de Conservação da Floresta Tropical do Uganda acrescenta: "Há muito que queríamos criar estes mapas, mas não tínhamos, pura e simplesmente, as ferramentas para fazê-lo.

A detecção remota está fornecendo instrumentos úteis para o nosso trabalho." Os gorilas de montanha habitam nas altas florestas situadas nas fronteiras entre o Ruanda, o Uganda e a República Democrática do Congo. Estas regiões constituem um conjunto de cinco parques nacionais. Três destes parques foram reconhecidos como Patrimônio Mundial pela Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas (UNESCO), tendo os outros dois sido nomeados para a mesma categoria.

No entanto, conflitos políticos regionais originaram um fluxo de refugiados para as áreas limítrofes dos parques. O desbravamento da floresta tendo em vista a agricultura ou o combustível, bem como a caça ilegal em busca de alimento, teve um impacto nos parques, reduzindo o habitat dos gorilas. É difícil proteger os parques, pois eles possuem longas fronteiras que percorrem um território praticamente inacessível, que quase não está cartografado.

+Informações acesse: http://www.esa.int/

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