O Ministério das Comunicações espera concluir até o início de 2005 os estudos para o possível lançamento de dois satélites para uso militar e estratégico do país. A decisão caberá ao Ministério da Defesa, que deve definir também qual empresa deve cuidar do processo.
O satélite estaria localizado em uma posição orbital em cima da Amazônia, para cobrir as fronteiras terrestres, limites marítimos e corredores para a África e Caribe. O governo também estuda o uso civil do satélite, para fazer monitoramento aéreo. O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Paulo Lustosa, afirmou no inicio desta semana que é pouco provável que seja utilizada a empresa Telebrás, que continua em processo de liquidação.
Outra possibilidade é a utilização da Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil), empresa do Exército. "Não existe nenhum estudo, nem análise, nem avaliação, nem proposta relacionada à utilização da Telebrás para qualquer fim. Não existe nada no nível técnico.
No nível político, a palavra é do ministro", disse Lustosa. Ele não descartou também a transferência desse serviço para uma empresa privada ou para uma estrutura público-privada. Mas segundo Lustosa, essa não é questão mais importante na análise do governo.
"A questão relevante é saber se teremos ou não o satélite geoestacionário brasileiro." A idéia de lançamento do satélite surgiu no Ministério da Defesa, em 2003, a quem caberá a decisão final a nível ministerial. O valor estimado do custo do programa é de cerca de US$ 600 milhões, incluindo veículo lançador.
Informações do Estadão