publicidade

Curso de engenharia cartográfica é exigente, afirmam acadêmicos

publicidade

Quem conseguir passar pelos cinco anos de engenharia cartográfica deverá ser recompensado. Segundo professores e profissionais, o mercado de trabalho está em busca desse graduado, especialista em mapas.

Mas, para chegar ao emprego, o aluno vai ter de se esforçar. "É um curso pesado, com carga horária pesada", conta Amanda Ferreira da Silva, 23, que está no último semestre da carreira na Unesp de Presidente Prudente –única instituição que oferece o curso no Estado de São Paulo. "Temos muitos trabalhos para fazer", complementa. "Os alunos reclamam mesmo que a formação é puxada", diz o coordenador do curso da Unesp de Presidente Prudente, Paulo de Oliveira Camargo.

"Mas a idéia é deixá-los preparados tanto para o mercado de trabalho como para a pós-graduação". Ele cita as disciplinas física e cálculo diferencial e integral como as em que os estudantes mais têm problemas. Apesar das dificuldades, a taxa de evasão na carreira é inferior a 10%. Segundo Camargo, os vestibulandos que escolhem o curso já sabem o que virá pela frente. Foi o caso de Laysson Guillen Albuquerque, 24, que se forma neste ano. Ele usou o site da Unesp e guias feitos pela universidade para se informar.

"Pesquisei para não cair de pára-quedas", conta. A recompensa, após tanto estudo, vem ao pegar o diploma, segundo o coordenador da Unesp. Ele afirma que, das últimas três turmas de formados, apenas um ex-aluno não está empregado –nesse período, cerca de 70 estudantes concluíram o curso. Ainda de acordo com Camargo, a média salarial para os recém-formados é de cerca de R$ 2.400.

"Fiz apenas seis meses de estágio. Depois disso, já estava contratado", conta Ricardo Cesar Menossi, 24, que trabalha há três anos na Engemap, empresa com sede em Assis. Uma de suas funções é fazer o mapeamento de lotes e de cidades, por exemplo, a partir de dados coletados em fotografias aéreas. Já o capitão Ermírio de Siqueira Coutinho, coordenador da carreira no IME (Instituto Militar de Engenharia), no Rio de Janeiro, afirma que é comum as empresas entrarem em contato com o instituto para pedir convênios.

"Às vezes, é até difícil encontrar profissionais", relata Paulo Pessoa, diretor de produção da Aerocarta, empresa de São Paulo da área de mapeamento e topografia. Matemática, física e informática A graduação em engenharia cartográfica exige que o aluno tenha facilidade em aprender matemática, física e informática.

O profissional atua em todos os processos, da coleta das informações até a produção do mapa propriamente dito. Para levantar as informações, são utilizados mecanismos como fotos aéreas ou o GPS (sistema de posicionamento criado para a navegação, que utiliza sinais emitidos por satélites artificiais). Após a coleta, o engenheiro tem de encontrar a melhor forma de criar e de armazenar os mapas. Por isso chegam a ter contato com o desenvolvimento de softwares. O engenheiro cartógrafo pode trabalhar tanto na iniciativa privada quanto na pública –em órgãos governamentais municipais e estatais, como no IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Informações do jornal Folha de São Paulo

O livro Cartografia Básica, de Paulo Roberto Fitz, é ideal para os acadêmicos. Veja o resumo na livraria Mundogeo.

publicidade
Sair da versão mobile