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Grilagem de terras ainda é freqüente no Brasil. PF prende superintendente e mais sete funcionários do Incra no Pará acusados do crime

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Um problema antigo no Brasil que todos pensavam estar resolvido com aaplicação das geotecnologias na agrimensura. Desta vez as imagens desatélite, muitas vezes utilizadas para desmentir criminosos, quasedeixaram passar em branco a grilagem de terras públicas no Pará.

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira o superintendente e osuperintendente adjunto do Instituto Nacional de Colonização e ReformaAgrária (Incra) no Estado, juntamente com mais 16 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada em grilagem de terras públicas no Oeste do Pará, especialmente na cidade de Santarém. O superintendente da Polícia Federal no Pará, José Ferreira Sales, explicou que a quadrilha protocolava pedido no Incra sobre uma área de terra.

Com o protocolo, planta da área e imagens de satélite da área, os acusados passavam uma procuração em cartório e daí usavam o documento dessa área com base no protocolo. Ao todo, a Operação Faroeste emitiu 21 mandados de prisão.

Oito presos eram servidores do Incra no Pará, entre eles o superintendente José Roberto de Oliveira Faro, preso em um hotel de Manaus, e o superintendente adjunto, Pedro Paulo Peloso da Silva. Participaram da ação cerca de 70 policiais federais.

Os presos são acusados de crimes contra a ordem tributária, corrupção ativa e passiva, grilagem de terras e formação de quadrilha. O policial disse que outras pessoas ainda podem ser responsabilizadas pelos crimes: "Nós temos um problema fundiário crônico no Pará: uma indefinição sobre o verdadeiro dono dessas terras, se é a União, o estado ou particulares. E isso dá asas a esse tipo de aventureiros, a esse tipo de fraude. Todo mundo acha que pode se apropriar dessas terras usando esse tipo de expediente", disse.

Informações da Agência Brasil

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