A polêmica sobre as funções de alguns sistemas do programa espacial brasileiro está longe de ter um final feliz. Desta vez quem se manifestou sobre o assunto foi o diretor de Proteção Ambiental (Dipro), Flavio Montiel, durante Encontro Nacional de Dirigentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que aconteceu em Brasília (DF).
Segundo ele, os sistemas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) para monitorar o desmatamento na Amazônia são complementares. "As metodologias diferentes servem ao Ibama", garantiu.
De acordo com Sandra Sato, do Ibama, em matéria divulgada pela agência Ambiente Brasil, o Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real na Amazônia), criado pelo Inpe, fornece ao Ibama dados sobre a derrubada de florestas e matas a cada 15 dias, permitindo o deslocamento dos fiscais para a área identificada a tempo de impedir grandes estragos ambientais. Já o Siad – Sistema Integrado de Alerta do Desmatamento, gerido pelo Sipam, é capaz de fazer projeções sobre potenciais áreas de novos desmatamento.
"A projeção ajudará na atuação preventiva", avaliou o diretor, que com base nos dados dos dois sistemas envia fiscais a campo. Sandra Sato continua afirmando que o monitoramento e controle são tarefas do Ibama dentro do Plano de Combate ao Desmatamento, que envolve 14 ministérios sob a coordenação pela Casa Civil.
Entre as ações desenvolvidas neste ano estão a criação de dez bases operativas na região e várias fiscalizações. O que se constatou, segundo ela, é que o desmatamento sempre está associado a outras atividades ilícitas e evidências de crime organizado. Para 2005, estão reservados R$ 55 milhões exclusivamente para o Ibama executar a parte que lhe cabe dentro do Plano de Combate ao Desmatamento.
Informações da agência Ambiente Brasil