O programa espacial brasileiro vai receber em 2005 um investimento que pode atingir US$ 100 milhões, meta visada pela Agência Espacial Brasileira (AEB). É o que afirmou o presidente do órgão, Sérgio Gaudenzi, em reunião do Conselho Superior da Agência.
"Já começaremos o próximo ano com este montante, sem contar com as suplementações que poderão ocorrer ao longo do exercício", afirmou. Este é o maior orçamento destinado à área nos últimos 16 anos. Em 2004, o Orçamento foi de US$ 30 milhões (R$ 85 milhões).
Em 2003, foram R$ 69,9 milhões. Segundo Gaudenzi, para 2006 os recursos serão ainda maiores que em 2005. Ainda de acordo com o presidente da AEB, o aumento dos investimentos assegurará o desenvolvimento de satélites, foguetes de sondagem e veículos lançadores.
Entre os programas financiados com os recursos orçamentários está o dos satélites sino-brasileiros de recursos terrestres (CBERS), em especial o CBERS-2B. Este ano Brasil e China formalizaram a construção do satélite, com data de lançamento em 2006, a fim de manter o serviço de distribuição de imagens do CBERS-2 para os usuários nacionais e futuros usuários internacionais.
Outra prioridade será o desenvolvimento do prótipo do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1 V04), com teste em vôo previsto para 2006, e da nova Torre Móvel de Integração (TMI) do VLS.
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) também receberá investimentos para a melhoria das instações gerais, além daquelas específicas à infra-estrutura própria para o foguete ucraniano Ciclone-4.
Informações da AEB