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Mapeamento do potencial de energia solar e eólica do país mostra resultados

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Foi divulgado no início desta semana os resultados do Projeto Swera (sigla, em inglês, para Avaliação das Fontes de Energia Solar e Eólica), financiado pelo Programa do Meio Ambiente das Organizações das Nações Unidas (Unep-ONU).

O projeto, desenvolvido desde 2001 por pesquisadores brasileiros, consiste no mapeamento detalhado do potencial de energia solar e eólica (dos ventos) no país.

O trabalho servirá de base para planejar investimentos e traçar políticas públicas de aproveitamento de energias renováveis.

O trabalho apontou os estados da Bahia, Pernambuco e Piauí, além do Planalto Central e as regiões Sudeste e Sul como as áreas mais apropriadas para exploração da energia solar no Brasil.

"No dia menos ensolarado e mais nublado do ano, a incidência de radiação solar é de 3,6 quilowatts-hora (kWh) por metro quadrado por dia no Rio de Janeiro e de 4,5 kWh no Ceará.

Na Alemanha, onde essa energia é mais usada, a incidência é de apenas 0,8 kWh por metro quadrado diariamente", afirma Stefan Krauter, presidente para a América Latina do Conselho Mundial de Energias Renováveis.

Segundo ele, "a capacidade de geração de energia proveniente de fonte solar em um ano é 14 mil vezes maior do que o consumo energético mundial no mesmo período".

Atualmente, o principal entrave ao aproveitamento dessa fonte de energia é o alto custo da tecnologia utilizada. Para Martin Green, da Universidade de New South Wales, da Austrália, essa desvantagem só poderá ser superada com o tempo, pois a indústria ainda precisa se desenvolver. Energia Eólica No caso da energia eólica, o Projeto Swera mostra que a faixa nobre para exploração desse tipo de fonte no Brasil é o litoral do Nordeste, onde a intensidade e direção do vento são constantes.

O norte da Bahia e de Minas Gerais, o oeste de Pernambuco, o estado de Roraima e o Sul do país também são regiões propícias para a geração de energia a partir do vento. Para desenvolver as fontes renováveis, Stefan Krauter, que também é professor e pesquisador da Universidade Estadual do Ceará, defende a criação de uma universidade internacional para estudo desse tipo de energia com apoio da Unesco.

"O Nordeste do Brasil, em especial a cidade de Olinda, em Pernambuco, assim como o centro do Rio de Janeiro, são alguns dos locais mais indicados para a instalação desse centro de ensino", acredita.

De acordo com Krauter, hoje, a indústria envolvida com fontes alternativas de energia cresce em média 20% ao ano e emprega cerca de 400 mil pessoas no mundo, segundo informações da Eletrobrás", conclui.

Informações da agência Ambiente Brasil

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