Na tarde da última quinta-feira, dia 23, o jornalista e editor de Ciência da Folha de São Paulo, Claudio Angelo, debateu, em bate-papo da Folha no UOL, realizado com a participação de 265 internautas, dados de devastação da Amazônia. Segundo o jornalista, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) só utiliza um determinado conjunto de imagens de satélite para realizar a estimativa de desmatamento. Para ele, a estimativa oficial do governo sobre desmatamento na Amazônia é muito conservadora. "Partes da floresta ficam de fora. A cifra real é provavelmente muito maior." Em maio, o governo divulgou que o desmatamento na Amazônia para o período 2003-2004 ficou em 26.130 km2, o que representa um crescimento de 6,23% em relação ao consolidado anterior. É o segundo maior número desde que o monitoramento começou a ser feito, em 1988. Fica atrás apenas do período 1994-1995, quando foram devastados 29.059 km2. Para Angelo, a regulamentação da atividade madeireira ajuda a evitar o desmatamento, porque 50% da madeira extraída na Amazônia atualmente tem origem ilegal. Ele também avaliou as iniciativas do governo Lula nessa área. "O governo federal tem tentado fazer várias coisas contra madeira ilegal e a grilagem, que são duas pressões fortes sobre a floresta, especialmente no Pará. Uma ação recente foi suspender todos os planos de manejo em terra pública. Também foram criadas áreas de conservação, mas pouco se faz em relação ao agronegócio, que é o principal causador do desmatamento." Informações da Folha Online
Jornalista da Folha de São Paulo questiona dados de desmatamento fornecidos pelo INPE
publicidade
publicidade