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Agência européia prevê que o sistema Galileo esteja operante em 2010

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A Agência Espacial Européia (ESA) considerou, esta semana, realista e muito possível que o sistema de navegação por satélite Galileo esteja totalmente operante até o final de 2010.

Numa conferência de imprensa no centro de controle de operações da ESA em Darmstadt (próximo de Frankfurt), o diretor de operações e infraestruturas da ESA, Gaele Winters, disse que a agência também vai participar no desenvolvimento e nas aplicações do sistema de navegação Galileo. Winters recordou que o segundo satélite de prova do sistema Galileo, o Giove-B, será lançado em abril.

O centro de controle de operações da ESA é responsável pelo lançamento de uma parte importante dos 30 satélites que compõem o sistema de navegação Galileo, que competirá com o GPS (Global Positioning System), controlado pelo Exército dos Estados Unidos.

Na segunda conferência sobre os usos do sistema europeu de navegação, a ESA anunciou a criação de um centro, na cidade de Darmstadt, que facilitará a informação sobre as suas aplicações e financiamento. Winters assegurou que o sistema Galileo permitirá nas próximas décadas a criação de 100 mil postos de trabalho, 10 mil dos quais na área da alta tecnologia.

No final de 2005, o primeiro dos dois satélites de prova da constelação Galileo, o Giove-A, ficou instalado numa órbita a 23.250 quilômetros da Terra e com um ângulo de inclinação de 56 graus em relação ao equador. O Giove-A e o Giove-B têm como objetivo não perder as órbitas atribuídas ao Galileo pela União Internacional de Telecomunicações e analisar as condições do meio ambiente da órbita.

O sistema de navegação Galileo tem aplicações nas áreas do transporte e logística, segurança do trânsito e turismo. Proporcionará, por exemplo, um acesso mais rápido dos bombeiros, dos serviços de socorro e da polícia ao local de um acidente. Também oferecerá uma maior segurança rodoviária, com um menor número de acidentes, de mortos e de feridos nas estradas.

Com o Galileo, a Europa encabeça o primeiro sistema de navegação por satélite de uso civil, embora também tenha aplicação militar. O Galileo enfrentou numerosos atrasos devido a disputas dos participantes da União Europeia e da própria ESA, devido aos interesses nacionais dos países que integram o projeto.

Dois anos antes da finalização do projeto, previsto para 2010, a ESA contará com quatro satélites de navegação no espaço e poderá começar a comercializar os serviços na Europa.

Informações da Lusa

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