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Empresa de São José dos Campos rastreia baleias jubarte por satélite

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Para contribuir com um projeto de pesquisa e monitoramento de baleias na costa brasileira, uma empresa de São José dos Campos desenvolveu um sistema capaz de mapear as rotas migratórias da baleia jubarte entre os meses outubro e março.

O programa foi desenvolvido pela Imagem Soluções de Inteligência Geográfica a pedido do Instituto Aqualie, do Rio de Janeiro. O projeto conta com o patrocínio da Divisão de Exploração e Produção da Shell Brasil.

O estudo foi batizado de Projeto Baleias e teve início em 2001. A cada ano novas baleias são marcadas para emitir sinais durante o seu caminho de volta para a Antártica. Por ano, cerca de 15 mamíferos recebem os transmissores.

Para o biólogo e gerente do Projeto Baleias, Sérgio Carvalho Moreira, 36 anos, entender os hábitos migratórios das baleias é uma contribuição para o desenvolvimento e ampliação das ações de conservação dessa espécie no Brasil.

"Nosso objetivo é mapear os animais nas rotas migratórias, em áreas de alimentação e a reprodução das baleias, pois elas migram do sul da Argentina para a Bahia, passando por quase toda a costa brasileira no período de seis meses", disse.

Transmissão

O acompanhamento dos sinais é feito após os transmissores serem fixados e se estende pelo período em que duram as baterias de transmissões –de cinco a seis meses.

"O que permite acompanhar as baleias é um pequeno transmissor fixado no dorso das baleias que emite sinais por GPS, conhecido como equipamento de localização por satélite", disse Sérgio.

E para facilitar esse trabalho, a empresa desenvolveu um mapa marítimo para informar o ponto exato do percurso de volta à Antártica. "Elaboramos um software que transforma a informação recebida em pontos no mapa marítimo", contou o responsável pelos projetos de meio ambiente da Imagem", Érico Pagotto, 34 anos.

Segundo ele, o rastreamento de baleias é interessante porque a equipe do projeto pode trabalhar com marcações exatas e fazer o registro dos percursos a cada ano, sem contar que estudiosos e biólogos têm o acesso às informações.

"Os transmissores emitem sinais a cada 45 segundos, ou seja, quando a baleia expõe o transmissor fora da água, eles conseguem acompanhar a rota migratória que vai do sul da Bahia, passando pela costa do Rio de Janeiro e São Paulo", contou.

Software

O programa ArcView foi adaptado para que a equipe do Projeto Baleias saiba onde elas estão em tempo real. Os transmissores fixados permitem que os sinais captados pelos satélites do Sistema Argos sejam retransmitidos para uma base na França. Os dados são disponibilizados para os pesquisadores, que podem acessá-los de qualquer lugar do mundo.

"Queremos buscar parcerias com outras instituições, ONG’s e empresas da Argentina e do Brasil com o objetivo de acompanhar as baleias da Argentina até o sul da Bahia, rota contrária à atual monitorada", disse Sérgio Moreira, responsável pelo Projeto Baleias.

Fonte: ValeParaibano

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