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Exclusivo: Professor da USP afirma que rastreamento vive momento singular

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Marcos Rodrigues, professor titular de geoprocessamento na Escola Politécnica da USP e diretor da empresa Kretta fala sobre o mercado de rastreamento de veículos e cargas

À luz das circunstâncias, o número de veículos rastreados em nosso país não é verdadeiramente grande: um tanto por desinformação e outro tanto pelas espremidas planilhas de custos. Estimados 10% de nossa frota de caminhões, com cerca de 1.700.00 veículos, é hoje rastreada.

Para os veículos de passageiros as estimativas são díspares, mas a incorporação de rastreadores, fomentada por seguradoras, segue crescendo a passos firmes, estimulada pelas graves questões de segurança.

É assim que hoje presenciamos a marcante queda dos preços de equipamentos embarcados, combinada com os baixos custos de comunicação celular. Já estão à vista equipamentos embarcados abaixo de US$200 e a comunicação celular já pode ser tomada abaixo de US$1/Mb.

Estes números nos permitem esperar uma explosão no crescimento do uso das tecnologias de rastreamento, sobretudo nas áreas atendidas por comunicação celular, regiões urbanas e principais corredores de transportes.

Nesse novo mundo, respeitados tetos de preço e pisos de qualidade, não será mais equipamento o diferencial no mercado de monitoramento, serão os serviços, representados tanto pela qualidade da empresa prestadora quanto pela funcionalidade e qualidade de seus produtos, notadamente software. Equipamentos se tornam commodity e software o diferencial.

Até então a demanda por funcionalidades tinha sido muito humilde, muito pouco sofisticada, muito pouco exigente. O ainda limitado mercado – embarcadores, transportadoras, gerenciadoras – se contentava com muito pouco, que na verdade já era muito para suas debilidades organizacionais: até pouco tempo atrás, um ponto no mapa bastava a muita gente.

Agora não mais: amplia-se o leque de usuários, emergem as instaladoras, gerenciadoras, empresas de engenharia, de serviços, cooperativas, resgate e muito mais. Emerge um novo usuário, que demanda funcionalidades especificas para seu negocio, que contempla a integração do sistema de rastreamento a seu sistema corporativo, que desperta para a otimização de seus processos operacionais, que enxerga a multiplicidade de benefícios do rastreamento.

Resulta claro que segurança é apenas uma dimensão do rastreamento. Incorridos os custos do equipamento embarcado , há que extrair o máximo do investimento. É assim que se estende o campo de aplicações, rumo à logística e à ampla gama de soluções corporativas.

Neste novo mundo não haverá mais lugar para amadores, tanto no hardware quanto no software. Da mesma forma que está sumindo o rastreador ordinário desaparecerá o serviço ingênuo.

O mundo do hardware e das telecomunicações já jogou e muito bem. A bola agora esta na quadra das empresas de serviço. Estas, ainda atordoadas com os volumes e as disparidades, despertam para as novas circunstancias. Redesenham seus processos operacionais, reconcebem seus centros operacionais, redefinem seus cardápios de aplicações e de serviços.

Mundo excitante, este de rastreamento.

Marcos Rodrigues
Professor titular de geoprocessamento na Escola Politécnica da USP e diretor da empresa Kretta
marcos@kretta.com.br  

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