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Rede operada pelo INPE distribuirá dados meteorológicos dos satélites NOAA

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O INPE vem se preparando para implantar e operar a partir de fevereiro de 2007 um dos centros regionais da América do Sul para processamento e distribuição de dados dos sondadores meteorológicos instalados em satélites da série NOAA.

A partir desses dados de sondagem, transmitidos em tempo real, são derivados os perfis verticais da temperatura e umidade da atmosfera, fundamentais para rodar diariamente os modelos de previsão de tempo do CPTEC/INPE.

“A expectativa é de que, com a expansão da rede de estações receptoras no Brasil e América do Sul, haverá maior quantidade de dados a serem inseridos nos modelos numéricos, o que deverá melhorar significativamente as previsões de tempo”, enfatiza Maria Assunção Dias, coordenadora do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do INPE.

O CPTEC/INPE recebe diariamente dados obtidos por balões de radiossondagem, lançados de aeroportos, e por satélites, que são enviados posteriormente por instituição norte-americana. No entanto, os dados chegam sem regularidade, com atraso, o que inviabiliza o uso nos modelos de previsão, e apresentam grande índice de falhas.

A pesquisadora  acrescenta que os modelos de previsão ainda não contam com dados de extensas áreas oceânicas e do território do país.

Grandes áreas da região amazônica, como também de países sul-americanos, permanecem descobertas, sem a cobertura de sistemas espaciais que geram grande volume de dados, como aqueles que envolvem o uso de satélites meteorológicos.

“A entrada de umidade na Amazônia, com ventos vindos do Atlântico Norte, é essencial ao esforço de previsão de chuvas para esta região e também para as regiões central, sul e sudeste do país”, explica.

O Oceano Pacífico é outra região com poucos dados disponíveis. Mudanças nas condições de temperatura e de circulação de ventos que atuam no Pacífico são importantes e, muitas vezes, determinam as condições de tempo no Brasil.

“O que acontece no Pacífico costuma influenciar as condições atmosféricas aqui dez dias depois”, explica a coordenadora do CPTEC/INPE.

A melhoria das previsões de tempo e climáticas para toda a América do Sul envolve a participação de países da costa do Pacífico, como Chile, Peru, Venezuela e Costa Rica, que estão sendo consultados para integrar a rede.

-> Imagem do satélite NOAA

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