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Trabalhos cartográficos primitivos representam a Terra na antiguidade

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Amostras de primitivos trabalhos cartográficos encontradas em pedras, papiros, metais e peles representam o meio ambiente e a situação das terras por meio de figuras e símbolos. Os desenhos eram feitos com varas de bambu, madeira, tecido de algodão ou cânhamo, fibras de palmeira e conchas.

O Museu Semítico da Universidade de Harvard, em Cambridge, Estados Unidos, possui um mapa de origem ainda mais remota; gravado em pedra argilosa, foi achado na região mesopotâmica de Ga-Sur e parece datar de 2500 a 3000 a.C.

Outro trabalho de cartografia muito antigo (c.2000 a.C.), desenhado em rocha, foi localizado numa região do norte da Itália, habitada outrora por um povo denominado camunos (camuni) pelos romanos. O Museu de Turim, na Itália, conserva a planta, desenhada em papiro, de uma mina de ouro da Núbia, na África, que data da época de Ramsés II do Egito (1304-c.1237 a.C.).

Coube aos gregos os primeiros fundamentos da geografia e das normas cartográficas, e ainda hoje os alicerces do sistema cartográfico repousam na contribuição que deixaram: a concepção da esfericidade da Terra e as noções de pólos, equador e trópicos; as primeiras medições da circunferência terrestre; a idealização dos primeiros sistemas de projeções e concepção de longitude e latitude. Na antiguidade grega, Anaximandro de Mileto (século VI a.C.) construiu um quadrante solar e possuía um mapa-múndi gravado em pedra.

Ainda na Grécia antiga, Hecateu de Mileto representou a Terra sobre um disco metálico, Êudoxo de Cnido construiu um globo e Dicearco de Messênia desenhou um mapa mundi em projeção plana-quadrada. No século III a.C., Eratóstenes de Cirena, que dirigiu a célebre biblioteca de Alexandria, desenhou um mapa-múndi com paralelos e meridianos, tendo ainda calculado, com impressionante precisão, em vista da precariedade dos recursos da época, a circunferência da Terra.

Guia da Geografia

O grande nome da antiguidade, todavia, é Ptolomeu, que viveu no século II de nossa era. Astrônomo, geógrafo e cartógrafo, ele lançou as bases da geografia matemática e da cartografia no clássico tratado intitulado Guia da Geografia (Geographiké hyphegesis), obra que só em 1405, com a tradução para o latim, chegou ao conhecimento dos eruditos europeus.


 -> Mapa mundi de Ptolomeu feito em pergaminhho

A era clássica romana não deixou mapas, embora haja registros literários de mapas elaborados em Roma. Varrão (Marcus Terentius Varro) menciona mapas no poema Chorographia e Agripa determinou a confecção de um mapa do mundo então conhecido. Das obras cartográficas romanas só se conhece a célebre Tábua de Peutinger, cópia, feita em 1265, de um original romano que sofreu sucessivos acréscimos até o século IX.

Descoberta em 1494 pelo poeta Conradus Pickel (ou Celtis), que a legou a Konrad Peutinger, essa tábua somente veio a ser publicada em 1598. Encontra-se, desde 1738, na Biblioteca Pública de Viena. Trata-se de uma carta das estradas do Império Romano, com as cidades e as distâncias que as separam, e representa o mundo até a costa índica.

Fonte: Site Geografia Fácil

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