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Infraestrutura de Dados Espaciais na Iberoamérica

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A fim de realizar uma breve síntese sobre um tema tão amplo como as “Infraestruturas de Dados Espaciais na Iberoamérica”, tentar-se-á dar resposta às seguintes perguntas:

Quando surgiu a iniciativa de Infraestrutura Global de Dados Espaciais e com que finalidade?

No ano de 1996, em torno de 100 pessoas do mundo se reuniram com a finalidade de concretizar a iniciativa de Infraestrutura Global de Dados Espaciais. Desde então, tais reuniões continuaram com uma freqüência quase anual, criando em 2002 a Associação de Infraestrutura Global de Dados Espaciais (GSDI). Entre 25 e 29 de fevereiro de 2008 foi realizada em Trinidad e Tobago a Conferência GSDI11.

“A Infraestrutura Global de Dados Espaciais apóia o acesso global e público à informação geográfica. Isto se alcança através de ações coordenadas entre países e organizações que promovem a sensibilização e implementação de políticas afins, a padronização e os mecanismos efetivos para o desenvolvimento, acessibilidade e interoperabilidade de dados geográficos digitais e tecnologias, como base para a tomada de decisões em todas as escalas e com múltiplos propósitos. Estas ações compreendem então às políticas, à gestão organizacional, aos dados, às tecnologias, aos padrões, aos mecanismos de transmissão, e aos recursos humanos e financeiros necessários para assegurar que quem trabalha nos níveis global e regional não encontre impedimentos para cumprir seus objetivos.

Como as Infraestruturas de Dados Espaciais (IDEs) têm evoluído na Iberoamérica?

A partir da definição precedente da GSDI, cabe mencionar que:

Cobrir múltiplas escalas requer analisar as hierarquias, em uma visão vertical, desde o global até o local, passando pelas regiões, nações, províncias ou outras divisões do território, até o âmbito local, contemplando também instituições e profissionais localizados hierarquicamente abaixo do nível local; isto implica uma complexa rede de interações entre diversos atores, que por sua vez tem diferenças significativas entre países.

Contemplar múltiplos propósitos supõe abordar os distintos tipos de dados que podem integrar uma IDE, como camadas temáticas horizontais.

Os distintos tipos de dados temáticos que podem integrar uma IDE, e as organizações com competências sobre os mesmos, têm diferenças segundo o país e também dentro de uma mesma nação, razão pela qual, neste caso, também trata-se de uma intrincada rede na qual intervém diversos atores.

Portanto, a soma de visões vertical e horizontal dá por resultado uma complexa rede de inter-relações, de organizações e pessoas que precisam de apropriados mecanismos para uma articulação e comunicação efetiva.

No que concerne à Iberoamérica, particularmente na América Latina, se identificam grandes contrastes, baseados principalmente nas significativas diferenças na economia, tamanho dos países, acesso às Tecnologias da Informação e Comunicações (TIC), a disponibilidade de recursos humanos capacitados, as competências profissionais de quem lidera organizações com algum mandato no território e no valor que se dá à informação geográfica para a tomada de decisões.

As IDEs na Iberoamérica têm evoluído praticamente desde os início da GSDI, com lideranças significativas em alguns países e ritmos muito mais lentos em outros.

Nos últimos anos, o ritmo de desenvolvimento tem sido muito mais acelerado, sendo atualmente variados os serviços existentes. Neste processo, a popularização das TIC e do software livre tem contribuído a estes avanços.

Não obstante, há instituições com competências em matéria territorial, nas quais se seguem aplicando processos como antigamente, onde os dados são recoletados uma e outra vez e onde uma IDE não é vista como prioridade.

Nos distintos países da Iberoamérica, em maior ou menor medida, há desenvolvimento em matéria de IDEs, o que não quer dizer que se cubra todo o território, em uma quantidade suficiente de temas que permita um apropriado suporte à tomada de decisões.

Se por um lado as IDEs interessam à sociedade em seu conjunto, em vários casos os setores com maior possibilidade de participação têm sido as instituições geradoras de dados; portanto os processos abertos e participativos aconselháveis para uma IDE, têm estado circunscritos a quem tenha a oportunidade de participar, por estar nesse momento em uma determinada organização produtora de dados espaciais.

A complexa malha de instituições e pessoas que compreende uma IDE, faz pensar que quanto mais participativo e colaborativo seja o processo de sua concretização, mais riqueza terá o resultado final.         
  
A experiência obtida na edição da Newsletter IDE Iberoamérica, desde janeiro de 2005, orientado principalmente àqueles que contam com menos possibilidades de acceso às TIC, mas que no entanto tenham alguma competência em matéria territorial, denota que há um crescente desenvolvimento em matéria de IDEs, tanto em desenvolvimento e implementação como em associações de países, de províncias de um mesmo país ou outras combinações possíveis.

As investigações que se levam a cabo através de integrações de redes de universidades, centros de pesquisa, instituições públicas e participação privada, vão gerando sua contribuição ao desenvolvimento das IDEs. Assim, por exemplo, através do Projeto Infraestrutura de Dados Espaciais para o Desenvolvimento Sustentável da América Latina e Caribe (IDEDES) se publicou em fevereiro de 2007 um livro, em papel e digital, que analizou o índice de alistamento das IDEs para 15 países da Iberoamérica e Caribe.    

Que reflexões poderiam ser feitas com vistas ao futuro?

As seguintes reflexões surgem de visualizar as IDEs no contexto da atual Sociedade da Informação e do Conhecimento: 

Abordar com amplitude a complexa rede de relações entre organizações e pessoas para a implementação e utilização de resultados de uma IDE, aconselha empregar meios que ampliem desde o início a participação.

Há muitos lugares da Iberoamérica onde já há diversos mecanismos participativos implementados com êxito, mas também há outros onde se está no início.

As TIC dão múltiplas oportunidades de explorar e empregar meios para ampliar a participação e compartilhar saberes e lições aprendidas, mais além das distâncias em extensos territórios ou longe das grandes cidades.

Ampliar os mecanismos de participação, para o desenvolvimento e implementação de IDEs, empregando TIC, permitirá somar conhecimentos e experiências de quem sinta que tem algo a acrescentar, sejam produtores de dados, universidades, centros de pesquisa, organizações não governamentais, setor privado ou cidadãos em geral.

As universidades têm um amplo papel a cumprir tanto em investigação como em docência, posto que em alguns lugares as IDEs não forman parte dos planos de estudo de carreiras  vinculadas ao território, sendo este um tema que será parte da linguagem cotidiana dos futuros profissionais.

Lic. Agrim. Mabel Alvarez
Editora do Newsletter IDE Iberoamérica
mablop@speedy.com.ar

Versão em espanhol

Infraestructura de Datos Espaciales en Iberoamérica

A fin de realizar una breve síntesis sobre un tema tan amplio como las “Infraestructura de Datos Espaciales en Iberoamérica”, se intentará dar respuesta a las siguientes preguntas:

¿Cuándo surgió la iniciativa de Infraestructura Global de Datos Espaciales y con qué finalidad?
¿Cómo han evolucionado las Infraestructuras de Datos Espaciales (IDEs) en Iberoamérica?
¿Qué reflexiones podrían plantearse con miras al futuro?

¿Cuándo surgió la iniciativa de Infraestructura Global de Datos Espaciales y con qué finalidad?

En el año 1.996 alrededor de 100 personas del mundo, se reunieron con el fin de concretar la iniciativa de Infraestructura Global de Datos Espaciales. Desde ese entonces, dichas reuniones continuaron con una frecuencia casi anual, creándose en 2002 la Asociación de Infraestructura Global de Datos Espaciales (GSDI). Próximamente, entre el 25 y 29 de febrero de de 2008, tendrá lugar en Trinidad y Tobago la Conferencia GSDI11.

"La Infraestructura Global de Datos Espaciales apoya el acceso global y público a la información geográfica. Esto se logra a través de acciones coordinadas entre países y organizaciones que promueven la sensibilización e implementación de políticas afines, la estandarización y los mecanismos efectivos para el desarrollo, accesibilidad e interoperabilidad de datos geográficos digitales y tecnologías, como base para la toma de decisiones en todas las escalas y con múltiples propósitos. Estas acciones comprenden entonces a las políticas, la gestión organizacional, los datos, las tecnologías, los estándares, los mecanismos de transmisión, y los recursos humanos y financieros necesarios para asegurar, que quienes trabajan en los niveles global y regional, no encuentren impedimentos para cumplir sus objetivos."

¿Cómo han evolucionado las Infraestructuras de Datos Espaciales (IDEs) en Iberoamérica?

A partir de la definición precedente de GSDI cabe mencionar que:
Cubrir múltiples escalas, requiere analizar las jerarquías, en una mirada vertical, desde lo global a lo local, pasando por las regiones, naciones, provincias u otras divisiones del territorio, hasta el ámbito local, contemplando también a instituciones y profesionales ubicados jerárquicamente bajo el nivel local; esto implica una compleja red de interacciones entre diversos actores, que a su vez tiene diferencias significativas entre países.

Contemplar múltiples propósitos, supone abordar los distintos tipos de datos que pueden integrar una IDE como capas temáticas horizontales.

Los distintos tipos de datos temáticos que pueden integrar una IDE y las organizaciones con competencias sobre los mismos, tienen diferencias según sea el país y también dentro de un mismo país, razón por la que en este caso, también se trata de una intrincada red en la que intervienen diversos actores.

Por lo tanto la suma de miradas vertical y horizontal, da por resultado una compleja red de inter-relaciones, de organizaciones y personas que requieren de apropiados mecanismos para una articulación y comunicación efectiva.

En lo que concierne a Iberoamérica, particularmente en Latinoamérica se identifican grandes contrastes, basados principalmente en las significativas diferencias en: la economía, el tamaño de los países, el acceso a la Tecnologías de la Información y Comunicaciones (TIC) , la disponibilidad de recursos humanos capacitados, las competencias profesionales de quienes lideran organizaciones con algún mandato en el territorio y  en el valor que se le otorga a la información geográfica para la toma de decisiones.

Las IDEs en Iberoamérica han evolucionado prácticamente desde los inicios de GSDI, con liderazgos significativos en algunos países y ritmos mucho más lentos en otros.

En los últimos años, el ritmo de desarrollo ha sido mucho más acelerado, siendo actualmente variados los servicios existentes. En este proceso la popularización de las TIC y del software libre han contribuido a estos avances.

No obstante hay instituciones con competencias en materia territorial, en las que se siguen aplicando procesos como antaño, donde los datos se recolectan una y otra vez y donde una IDE no es vista como prioridad.
En los distintos países de Iberoamérica, en mayor o menor medida, hay desarrollo en materia de IDEs, lo que no quiere decir que se abarque todo el territorio, en una cantidad suficiente de temas, que permita un apropiado soporte a la toma de decisiones.   

Si bien las IDEs interesan a la sociedad en su conjunto, en varios casos los sectores con mayor posibilidad de participación han sido las instituciones generadoras de datos; por tanto los procesos abiertos y participativos aconsejables para una IDE, se han visto circunscriptos a quienes tienen la oportunidad de participar, por estar en ese momento en una determinada organización productora de datos espaciales.

La compleja malla de instituciones y personas que comprende una IDE, hace pensar que mientras más participativo y colaborativo sea el proceso de su concreción, más riqueza tendrá el resultado final.        
 
La experiencia recogida en la edición del Newsletter IDE Iberoamérica, desde enero de 2005, orientado principalmente a quienes cuentan con menos posibilidades de acceso a las TIC, pero sin embargo tienen alguna competencia en materia territorial, denota que hay un creciente desarrollo en materia de IDEs tanto en desarrollo e implementación como en asociaciones de países,  de provincias de un mismo país u otras combinaciones posibles.

Las investigaciones que se llevan a cabo a través de integraciones de redes de universidades, centros de investigación, instituciones públicas y participación privada, van generando su contribución al desarrollo de las IDEs. Así por ejemplo a través del Proyecto Infraestructura de Datos Espaciales para el Desarrollo Sostenible de América Latina y El Caribe (IDEDES) se publicó en febrero de 2007 un libro, en soporte papel  y digital, que analizó el índice de alistamiento de las IDEs para 15 países de Iberoamérica y El Caribe.    

¿Qué reflexiones podrían plantearse con miras al futuro?

Las siguientes reflexiones surgen de visualizar a las IDEs en el contexto de la actual Sociedad de la Información y del Conocimiento: 

Abordar con amplitud  la compleja red de relaciones entre organizaciones y personas para la implementación y utilización de resultados de una IDE, aconseja emplear medios que amplíen desde los comienzos la participación.

Hay muchos lugares de Iberoamérica donde ya hay diversos mecanismos participativos implementados con éxito, pero también hay otros donde se está en los comienzos.

Las TIC dan múltiples oportunidades de explorar y emplear medios para ampliar la participación y compartir saberes y lecciones aprendidas, más allá de las distancias en extensos territorios o de la lejanía a las grandes ciudades.

Ampliar los mecanismos de participación, para el desarrollo e implementación de IDEs, empleando TIC, permitirá sumar  conocimientos y experiencias de quienes sientan que tienen algo que aportar, ya sean productores de datos, universidades, centros de investigación, organizaciones no gubernamentales, sector privado o ciudadanos en general.

Las Universidades tienen un amplio papel a cumplir tanto en investigación como en docencia, puesto que en algunos lugares las IDEs, no forman parte de los planes de estudio de carreras  vinculadas al territorio, siendo éste un tema que será parte del lenguaje cotidiano de los futuros profesionales.

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