Centenas de pequenas comunidades que vivem na Amazônia estão elaborando uma cartografia própria, na qual, graças a receptores GPS, delimitam o que consideram ser suas terras.
Trata-se de um projeto que conta com o respaldo do Instituto Amazônico do Planejamento, Gestão Urbana e Ambiental (Iagua), considerado uma Nova Cartografia Social.
O projeto tem o objetivo de recolher a identidade tradicional de grupos indígenas e outros coletivos, que vêem seus territórios ameaçados diante do avanço da agricultura.
São trabalhos cartográficos minuciosos, nos quais são demarcados cultivos a lugares arqueológicos e sagrados, povoações, cemitérios ou pontos de venda de gasolina. Os mapas são bilíngües ou trilíngües, já que são faladas mais de 180 línguas na região.
350 milhões de reais para mapear a Amazônia
O governo federal anunciou no início de setembro que cerca de 350 milhões de reais serão investidos nos próximos cinco anos para atualizar e concluir o mapeamento terrestre, geológico e náutico da região amazônica.
Os recursos vão viabilizar a implementação do Projeto Cartografia da Amazônia, que será coordenado e executado pelo Centro Gestor e Operacional da Amazônia (Censipam), em parceria com o Exército, Marinha, Aeronáutica e Ministério de Minas e Energia.