Nas últimas décadas, observam-se iniciativas para a criação de Infraestruturas de Dados Espaciais – IDE, em âmbito global, nacional e local, visando a implementação de infraestruturas projetadas para proporcionar um amplo e integrado recurso para o uso comercial e público de serviços e aplicações da informação espacial.
Recentemente foi publicado o Decreto 6.666/08, que define a Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE como o “conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal;”
Em outros países já tem-se discutido a implementação de IDE’s no contexto do cadastro. O foco dirige-se a como usar a informação cadastral como dado de referência em futuras administrações digitais (e-government) e na disponibilização de novos serviços para o setor público, profissionais e os cidadãos.
Para que as geotecnologias exerçam o seu papel de inclusão social, é necessário que os sistemas sejam de fácil manipulação. Devem estar preparados para atender às necessidades atuais e futuras, tais como exigências de qualidade dos dados, precisão, atualização freqüente e regras de topologia; conexão com outros registros públicos; demandas por novos serviços; manipulação da informação cadastral em vários níveis ou dimensões (3D e 4D).
Por outro lado, identifica-se uma preocupação em proporcionar o acesso a essa informação àqueles cidadãos que não dispõem das tecnologias ou da educação em conceitos geoespaciais. Trata-se das pesquisas referentes ao mapeamento participativo. Nos próximos dias, abordarei separadamente alguns destes temas.
Até breve!