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Fiocruz e Inpe criam primeiro observatório sobre mudanças climáticas e saúde

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As mudanças climáticas e ambientais globais, que vêm se intensificando nas últimas décadas, podem produzir impactos sobre a saúde humana por meio de diferentes vias e intensidades. O impacto direto na saúde e bem estar da população se dá, por exemplo, com as ondas de calor ou outros eventos extremos, como furacões e inundações. No entanto, na maior parte das vezes esse impacto é indireto, sendo provocado por mudanças no ambiente como a alteração de ecossistemas, sua biodiversidade e de ciclos biogeoquímicos.

Diante da complexidade dos processos envolvidos na relação entre as mudanças ambientais e climáticas globais e seus efeitos sobre a saúde, é imprescindível a reunião e análise de dados que permitam acompanhar e antever essas mudanças. Para a realização desse acompanhamento é que a Fiocruz e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciam a criação do primeiro Observatório de Clima e Saúde da América Latina (Observatorium).

No Inpe, o projeto é coordenado pelo Programa Espaço e Sociedade e conta com a participação das áreas de Previsão de Tempo e Clima, Observação da Terra e Ciência do Sistema Terrestre. Esse trabalho conjunto tem sido fundamental para que o Instituto possa prestar esse relevante e único serviço ao país.

A primeira oficina de trabalho foi realizada em maio, em Brasília, e teve como objetivo realizar um inventário dos dados de clima, ambiente e saúde com produção em formato digital e distribuição sistemática para as diversas regiões do Brasil, necessários para a etapa inicial da construção do Observatorium.

O Observatório reunirá diferentes bases de dados de instituições como o Datasus e o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), agrupando informações ambientais, climáticas, humanas e de saúde pública.

A possibilidade de realizar análises de situação e identificar tendências e padrões climáticos, bem como a possibilidade de alertar e acompanhar situações de emergências são alguns dos objetivos do observatório. Ao reunir diversos bancos de dados de instituições de ensino e pesquisa, o projeto também fomentará a pesquisa, o desenvolvimento de tecnologia e a inovação em clima e saúde.

Uma versão piloto do projeto deve ser lançada ainda em 2009.

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