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Na contra-mão da crise

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Eduardo Oliveira“Acredito que toda crise crie oportunidades. No caso da Santiago & Cintra estamos focados em sempre trazer soluções ao mercado que agreguem valor ao negócio de nossos clientes. Pode ser através da redução de custos, do aumento da produtividade e da segurança, etc.. Nosso compromisso é total com o sucesso do cliente, tanto na venda como no suporte necessário à operação dos produtos/soluções fornecidos. Durante 2009 estaremos oferecendo ao mercado soluções ainda mais atrativas. Várias novidades estão programadas.
Com o governo garantindo os recursos do PAC, a lei do georreferenciamento rural, a proximidade das eleições estaduais (em 2010) e a implementação da IDE, haverá sem dúvida uma demanda forte por nossos produtos, serviços e soluções.
Acredito que as maiores dificuldades que o mercado enfrentará sejam o acesso ao crédito, as taxas de juros abusivas e o volume escorchante de impostos que incidem sobre os equipamentos, penalizando todo o mercado. Tenho, no entanto, a convicção de que 2009 será um ano muito promissor para todo o mercado de geotecnologias”.
Eduardo Oliveira
Presidente da Santiago e Cintra

Ayrton Bandeira Jr“A apreensão quanto aos possíveis efeitos da crise mundial revelaram-se mais um sentimento de cautela dos investidores no Brasil do que efeitos da crise propriamente dita. Claro que o adiamento e cancelamento de projetos milionários no país nos afetou e sentimos isso de perto nos meses de novembro, dezembro e janeiro.
No entanto, o Banco Central e o Governo Federal têm usado de uma certa coerência que nos permite experimentar melhores resultados neste início de ano, e acreditamos que, se a empatia adotada pelo governo no momento prevalecer, conseguiremos sobreviver a este grande susto”.
Ayrton Bandeira Junior
Diretor da Bandeira Equipamentos Topográficos

Paulo Roncada“Toda crise traz angústias, mas também abre oportunidades únicas para quem está bem posicionado no mercado. Este momento de acomodação econômica mundial nos remete a um passado recente de perturbações, quando tudo parecia acabar em ruínas. Mas, o que se seguiu foram picos cada vez mais altos de prosperidade. Por isso, nós da CharPointer vislumbramos um futuro luminoso e temos certeza de que sairemos desta situação muito melhores que quando entramos. Nossa estratégia é observar os detalhes aos quais não podíamos nos deter quando a agitação do mercado era tão intensa que não nos permitia concentrar em planejamento de longo prazo. A grande onda do consumo, que gerou uma forte aceleração na demanda, nos empurrou para frente num vertiginoso redemoinho. Agora, uma pequena pausa é bastante saudável para voltarmos a atenção à nossa própria casa e tomarmos decisões, antes postergadas, que nos levarão à melhoria na organização, nos métodos e nos processos operacionais de nossa empresa.
Com prudência, podemos aproveitar estes momentos de calmaria para detectar novas oportunidades de negócios, buscar novos mercados, adquirir conhecimentos inéditos e analisar parcerias vantajosas. O poder de negociação é maior agora porque os preços, anteriormente irreais devido a um mercado irracional, voltam a um patamar coerente. A vida e os negócios tendem a uma realidade concreta, substituindo uma realidade virtual. Quem já teve o privilégio de conhecer a vida no campo sabe que o mesmo fogo que destrói a vida vegetal a faz renascer com mais intensidade e vitalidade que antes. Esta é a nossa certeza. E aproveitaremos este momento para investir. O resultado lucrativo será atingido quando a crise terminar e, consequentemente, nos tornaremos maiores, mais fortes e mais líderes que hoje”.
Paulo Roncada
Diretor Geral da CharPointer Tecnologia

Rubens Manfra“O ano de 2008 foi, sem dúvida, um dos melhores anos para a área de geotecnologia. Os profissionais da área nunca fecharam tantos contratos Brasil afora, prestando os mais diversos serviços relacionados a topografia e geodésia. Por conseguinte, os distribuidores de equipamentos tiveram o melhor ano em venda de equipamentos e serviços, como não se via há tempos. Não fosse a crise mundial da economia, contaminando o último trimestre, seria um ano perfeito. O tão esperado ‘gran finale’ de 2008 não ocorreu e trouxe apreensão para 2009.
O ano começou um pouco tímido, mas acredito que teremos mais um excelente ano para o nosso setor. Não se vê um horizonte amplo de crescimento como em 2008, mas certamente teremos bons resultados. Ou melhor, vamos crescer, mas em menor escala.
Quanto à crise que tanto se comenta, apesar de não acreditar nela o que posso dizer é que, com crise ou sem crise, devemos pensar em aumentar a produtividade das nossas empresas. Reestruturar para que se tornem mais eficazes e rentáveis. Este será o ano em que os melhores vão conseguir se manter e crescer no mercado.
No entanto, a atualização tecnológica é imprescindível. Atualmente existem muitas soluções em equipamentos e sistemas que proporcionam real economia de tempo nas tarefas de campo e de escritório, permitindo equipes de trabalho mais enxutas e rentáveis.
Então, muita atenção antes de atualizar ou comprar novos equipamentos, pois muitas vezes o barato sai caro. Melhor falando, o equipamento ‘caro’ fica mais barato com o passar do tempo devido ao rendimento extra apresentado. E como falei, com crise ou sem crise, devemos tornar nossas empresas mais produtivas, sempre”.
Rubens Riciere Manfra
Gerente Comercial da Manfra

Leonilson Liandro da Silva“As crises sempre estiveram presentes na humanidade ao longo da história. Aqueles que não pertencem ao seleto grupo da elite com certeza são bem mais vulneráveis. Não devemos ficar parados olhando para o horizonte à espera do Salvador da Pátria. Devemos, sim, enfrentar esse problema com arrojo, destreza e valentia e certamente iremos vencer, porque aqueles que vivem de medos, previsões e teorias mirabolantes de economistas e outros agentes do sistema financeiro já estão fadados ao arrocho da sua produção, demissões em massa e falência dos seus negócios.
O empresário ou profissional, seja ele de qualquer segmento, deve aplicar a mais simples arma contra a especulação e o mau agouro, ou seja, arregaçar as mangas e enfrentar de cabeça esse mal passageiro, com perseverança e otimismo. E quem assim o fizer, quando vier novamente a bonança, certamente estará à frente dos demais e com a cabeça erguida”.
Leonilson Liandro da Silva
Sócio Diretor da Geo-Top Tecnologia de Precisão

“A crise financeira mundial efetivamente chegou à ‘economia real’. A queda dos preços das commodities limita investimentos em novas tecnologias, feitos por empresas do ramo da mineração e siderurgia. Além disso, o mercado de geotecnologia é refém dos produtos importados. Com exceção do GPS Techgeo, nenhum outro fabricante ousou montar uma fábrica ou uma linha de montagem no Brasil. Com isso, além da diminuição da demanda enfrentamos a alta brusca dos custos dos produtos importados cotados em dólar, euro, franco suíço, yen e yuan.
Mas nem tudo são lágrimas. A maior preocupação com custos força as indústrias a investirem em tecnologias de maior produtividade para reduzir gastos a longo prazo. O que cria espaço para tecnologias como o scanner laser 3D, visto que um equipamento Riegl pode substituir até 10 equipes convencionais de topografia (estação total), com precisão tão confiável que elimina qualquer possibilidade de retrabalho.
Confiamos no mercado e sabemos que nada resiste ao trabalho, nem mesmo esta tal crise financeira mundial”.
Rogério Herschel Baeta Neves
Diretor da CPE Equipamentos Topográficos

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