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Inpe divulga dados atualizados dos sistemas Prodes, Deter e Degrad

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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou, nesta terça-feira, os resultados consolidados do Prodes 2008 e Degrad 2007/2008, e ainda dados do sistema de alerta Deter do mês de junho 2009.

Prodes

O Inpe concluiu o levantamento do desmatamento na Amazônia Legal para o período 2007-2008 realizado pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). O resultado final, obtido pela análise de 214 imagens Landsat, complementadas por 70 imagens CCD/Cbers e 50 imagens DMC, computou o total de 12.911 km2 de desflorestamento na Amazônia Legal ocorridos entre agosto de 2007 e julho de 2008.

A taxa de desflorestamento observada neste período significa um aumento de 12% em relação ao mesmo período anterior. A taxa de desmatamento definitiva atualiza a taxa estimada com base nas 85 imagens críticas que foi apresentada em dezembro de 2008 que foi de 11.968 km2. A diferença de 7,3% entre a estimativa e a consolidação da taxa de desmatamento está dentro da margem de erro aceitável para a estimativa que é de 10%.

+Informações
www.obt.inpe.br/prodes

Degrad

O Inpe apresenta uma tecnologia adicional para monitoramento da cobertura florestal da Amazônia com imagens de satélites: o Sistema de Monitoramento de Áreas de Florestas Degradadas na Amazônia (Degrad). O objetivo do sistema é monitorar em escala anual a dinâmica das áreas de florestas degradadas nas áreas florestadas da Amazônia Legal.

O Degrad utiliza o mesmo conjunto de imagens de satélites do Prodes. As imagens cobrem todas as áreas de florestas contidas na Amazônia Legal. Para auxiliar a interpretação, estas imagens são processadas de modo a realçar evidências de abertura na copa do dossel florestal e exposição de solo. O realce de imagem é feito a partir de razão simples de imagens de solo e de vegetação obtidas de transformação dos dados radiométricos originais por algoritmo de mistura espectral.

As imagens realçadas foram interpretadas por técnicos especializados em interpretação de imagens de satélites e verificadas por especialistas do Inpe. Foram interpretadas todas as imagens utilizadas nos Prodes de 2007 e 2008, de agosto/06 a julho/07 e agosto/07 a julho/08. As interpretações foram feitas de modo independente entre os dois anos para permitir a constatação da persistência ou da recuperação da degradação no intervalo de tempo.

Foram calculadas ás áreas de florestas degradadas mapeadas nos anos 2007 e 2008 e foram examinadas a constância da degradação durante os dois anos e a quantidade de área degradada em 2007 que foi desmatada em 2008. Foram medidos 15.987 km2 em 2007 e 27.417 km2 em 2008, dos quais 3.698 km2 se apresentavam degradados também em 2007 (23%). Das áreas degradadas em 2007, 1.982 km2 foram mapeadas como desmatadas no Prodes de 2008 (12%). As participações de cada Estado da Amazônia Legal nestas destas estatísticas são apresentadas nas tabelas abaixo.

+Informações
www.obt.inpe.br/degrad

Deter

No último mês de junho, o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) apontou 578 km2 de áreas em processo de desmatamento na Amazônia Legal. Deste total, 330 km2 foram detectados no Pará e 181 km2, no Mato Grosso.

O Deter é o sistema do Inpe usado para mapear tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.

Em Rondônia foram registrados 41 km2  de desmatamentos e no Amazonas, 16 km2. Nos demais estados da Amazônia Legal poucas áreas tiveram desmates registrados pelo Deter, porém quase todo o território de Roraima e Amapá permaneceu coberto por nuvens que impediram a observação por satélites.

Por outro lado, o mês de junho, início da estação mais seca na região amazônica, permitiu a visualização total do Mato Grosso, de quase todo o estado de Rondônia e de pouco mais da metade do Pará.

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. A informação sobre áreas serve para indicar prioridades aos órgãos responsáveis pela fiscalização.

O Inpe enfatiza que o Deter é um sistema de alerta e mostra apenas tendências do desmatamento. Para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia o Inpe utiliza o sistema Prodes.

A qualificação amostral dos dados do Deter mostra que 99% dos alertas de junho foram confirmados como desmatamento. Deste total, 60% foram classificados como corte raso e 39% como floresta degradada. Assim, apenas 1% dos alertas avaliados não apresentou indícios de desmatamento.

Feita com imagens de melhor resolução espacial, a avaliação dos dados permite apontar os diferentes níveis de degradação da floresta. No último mês, 37,5% dos polígonos de alerta foram classificadas como floresta degradada de alta intensidade e 1,5%, de intensidade moderada e leve.

Em operação desde 2004, o Deter foi concebido pelo Inpe como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor Modis do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro Cbers, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

Contudo, a menor resolução dos sensores usados pelo Deter é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.

+Informações
www.obt.inpe.br/deter

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