Nesta sexta-feira (28/8), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) inaugura em Belém o Centro Regional da Amazônia (CRA) e já apresenta resultados de seu primeiro projeto: o mapeamento da vegetação secundária.
Na nova unidade do Inpe estão em andamento os trabalhos para o mapeamento completo da cobertura e do uso da terra na Amazônia, verificando, inclusive, a ocorrência de regeneração florestal. Quando concluído, este mapa irá indicar se existem hoje florestas secundárias ou atividade agropecuária, por exemplo, em áreas apontadas no passado como desmatamento pelo Inpe, que monitora a região há 21 anos por meio de imagens de satélites.
Para os estados do Pará, Mato Grosso e Amapá, o CRA já concluiu o mapeamento da vegetação secundária, que estará completo para toda a Amazônia Legal até o final do ano.
Centro Internacional
O CRA/Inpe deverá se tornar um centro internacional de difusão de tecnologia de monitoramento por satélite de florestas tropicais. Também é seu objetivo aprimorar o conhecimento em geotecnologias na Amazônia, ao mesmo tempo em que apoia atividades de campo e de mapeamento realizadas pelo Inpe na região.
A partir da geração de sistemas de monitoramento de florestas, o CRA tem ainda papel importante nos planos de cooperação internacional do Inpe, em especial com a África. Em comum acordo com a China, o Brasil ofereceu as imagens do satélite sino-brasileiro Cbers para todo o continente africano, enquanto o sistema para o monitoramento de florestas desenvolvido pelo Inpe, denominado TerraAmazon, também está à disposição de todos os países interessados na tecnologia.