Lembro-me bem quando, ainda estudante de economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), meu professor de microeconomia me apresentou quais são as premissas comportamentais que, segundo a teoria do consumidor, são necessárias para garantir a eficiência e o equilíbrio das economias de mercado.
Diante de um público crescentemente incrédulo, nosso mestre se esforçava em nos explicar que, naquele mundo simplificado e fantástico da teoria econômica, o consumidor é dotado de superpoderes que o capacitam a obter informações precisas e completas sobre todos os preços e produtos do mercado. Em sua decisão de compra, portanto, este consumidor consideraria todas as oportunidades disponíveis antes de tomar qualquer decisão. Tal comportamento levaria os vendedores a competirem selvagemente por sua preferência, ainda que para isso tivessem de eventualmente sacrificar, dentro do limite de suas sobrevivências, suas margens de lucro.
É dispensável dizer que a história do superconsumidor não acometeu a maioria de nós como uma boa visão do mundo real e, como éramos jovens demais para apreciar a necessidade de simplificar o mundo que se procura explicar, contribuiu apenas para nos tornar mais céticos com relação à utilidade da teoria microeconômica para explicar a realidade em que vivíamos.
Leia a íntegra da coluna sobre o geomakerting na era do neoconsumidor.
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