Professores da Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal do ABC (UFABC), engajados na primeira missão brasileira ao espaço profundo, apresentaram um plano de desenvolvimento de dois instrumentos científicos que serão embarcados na sonda espacial não-tripulada que visitará o asteróide triplo 2001-SN263 em 2018.
Um altímetro laser que auxiliará na navegação da sonda e no mapeamento topográfico do alvo e um espectrômetro que analisará a radiação infravermelha irradiada pelo asteróide para determinação da sua composição. Os detalhes do plano de desenvolvimento foram discutido durante o 2º workshop de instrumentação científica realizado nos dias 16 e 17 de setembro no campus da Unesp de Guaratinguetá.
A missão Aster, como foi batizada, deve-se à iniciativa estratégica de cientistas e engenheiros brasileiros para impulsionar o setor aeroespacial do país através da formação de pessoal qualificado, da maturação de tecnologias e da fundamentação de expertise necessárias para o sucesso de missões interplanetárias não-tripuladas desta magnitude. Além disso, a exploração do ainda desconhecido asteróide triplo 2001-SN263 poderá revelar segredos do nascimento do nosso sistema solar.
O próximo workshop será realizado no Inpe, em São José dos Campos, onde cientistas do Instituto de Pesquisas Espaciais da Academia Russa de Ciências (IKI) apresentarão as características do lançador orbital e dos equipamentos de telemetria russo que serão utilizados na missão. A missão será oficialmente apresentada para a comunidade acadêmica da UFABC em outubro. A logomarca, utilizada para resumir a primeira missão brasileira ao espaço profundo, foi temporariamente sugerida pela UFABC, mas será futuramente decidida, assim como seu nome, através de enquete popular.
Siga o Portal MundoGEO no Twitter.