O MedIsolae-3D é um projeto financiado pela União Europeia baseado nos recentes desenvolvimentos do Inspire, uma infraestrutura standardizada de dados espaciais para a Europa. Apoiados por uma diretiva europeia, que cria um standard que permite a integração de serviços de informação espacial por toda a União, os utilizadores do Inspire podem acessar dados geoespaciais, aproveitando a interoperabilidade entre os sistemas.
Segundo o ICT Results, quando estiver implementado o MedIsolae-3D vai permitir aos utilizadores “voar”sobre as ilhas do Mediterrêneo e “baixar” se alguma coisa prender a sua atenção. Poderão “aterrisar” numa praia ou na praça de uma aldeia, poderão andar pelas localidades, ficando com uma noção muito próxima da realidade das lojas, restaurantes, monumentos e outras atrações. A plataforma vai também permitir reservar quartos nos hotéis, mesa nos restaurantes, comprar bens, entre outras funcionalidades.
Interoperabilidade: um dos maiores desafios
Um dos maiores desafios para a equipe do MedIsolae-3D foi conseguir juntar dados que se encontravam em formatos diferentes e com standards também diferentes, de forma a produzir um sistema que conseguisse fornecer um único serviço virtual. A maior dificuldade residiu na interoperabilidade das fontes (administrações públicas locais e outros fornecedores).
O resultado da combinação de dados não poderá ser visível para o utilizador final quando ele, por exemplo, mudar das imagens geradas por satélite para as imagens das ruas e estradas da ilha que vendo.
Quando o projeto estiver operacional poderá trabalhar com uma combinação de vários serviços de dados espaciais para ajudar em áreas como o turismo, transportes e outras fontes de rendimento para a economia das ilhas. Pode ainda fornecer serviços que ajudem no planeamento em áreas como a saúde, o ambiente, as políticas locais ou ainda como um instrumento da proteção civil.
A tecnologia por detrás do projeto
Este projeto combina software desenhado para simuladores de vôo com ortofotografia e imagens de satélite das ilhas, bem como dados públicos (como os modelos digitais dos terrenos), mapas e serviços para turistas, de forma a criar uma verdadeira experiência 3D das ilhas.
Ligar a ferramenta de visita virtual a geoplataformas como o Google Earth, o MS Virtual Earth ou o ESRI ArcGlobe, de forma a torná-lo acessível ao maior número de pessoas possível, é outro dos objetivos. O projeto financiado pela União Europeia planeja fornecer o serviço a mais de 100 ilhas mediterrâneas europeias, território de países como a Grécia, a Espanha, Malta, Itália, França, proporcionando a estas ilhas plataformas 3D para visualização pelos cibernautas.
Atualmente, segundo o ICT Results, vai ocorrer um projeto piloto que utiliza dados da ilha grega de Santorini. A equipe responsável pelo projeto está em debate com cinco entidades locais que são responsáveis por mais de 50 ilhas.
Fonte: i-GOV
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