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OpenStreetMap começa a mapear áreas atingidas no Rio de Janeiro

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A Humanitarian OpenStreetMap Team (HOT), divisão humanitária do OpenStreetMap (OSM), começou as ações do serviço nas áreas atingidas pelas enchentes no estado do Rio de Janeiro, que incluem Nova Friburgo, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Teresópolis. O levantamento de imagens e as ações de mapeamento, como reconhecimento de ruas, pontes, edifícios, entre outras, estão sendo colocadas na página do Wiki OpenStreetMap.

Harry Wood, um dos voluntários do projeto para o Rio de Janeiro, é engenheiro de softwares em Londres, Inglaterra, e passou os últimos feriados no Brasil. Ele conta que a ações de mapeamento nas regiões afetadas pelas chuvas começaram semana passada, e que o grupo conta somente com o mapa de Petrópolis, no Bing Maps, e não há muitas informações. “Nós estamos interessados em aliar esse trabalho aos governos, pois estes podem contribuir com dados, e também usar o OpenStreetMap como uma forma de manter o seu próprio ‘mapa de informações’”, afirma.

Os brasileiros também estão colaborando com o projeto. Samuel Vale, engenheiro eletricista de Belo Horizonte (MG), diz que o grupo está colocando o máximo possível de informações que podem ser identificadas através de imagens de satélite e explica como está sendo o processo. “Neste instante, há contribuidores brasileiros e estrangeiros enviando dados para os mapas, traçados a partir de imagens de satélite fornecidas pelo Yahoo e Bing. Os respectivos detentores de direitos destas fontes permitem a criação de dados para OpenStreetMap baseados em suas imagens, e licenciá-los como CC-BY-SA e ODBL*. Há algum esforço também para conseguirmos outras fontes, especialmente para áreas atingidas que não são cobertas por estas imagens de alta resolução . É importante salientar que as fontes de dados devem permitir a distribuição e criação de trabalhos derivados, mesmo para fins comerciais, para que seja possível utilizá-las como fontes de dados para o OpenStreetMap. Outros mapas com licenças restritivas não devem ser utilizados”, finaliza.

Outras soluções

Além do serviço OSM, há outros mecanismos que podem ajudar em situações como essa que está acontecendo no Rio de Janeiro. Em São Paulo as fortes chuvas também estão trazendo muitos estragos para a cidade, provocando transtornos no trânsito da cidade. Para auxiliar na identificação de pontos com acúmulo de água há dois aplicativos, para smartphones, que indicam as regiões alagadas: o Alaga São Paulo (do Centro de Gerenciamento de Emergências) e o Apontador Trânsito, ambos compatíveis com vários aparelhos celulares. Outra dica é usar o Twitter para divulgar ou receber notas rápidas sobre os pontos de alagamento.

Aplicativos Alaga São Paulo e Apontador Trânsito (Imagens: divulgação)

Já o Projeto Enchentes é um site que mostra em um mapa as áreas de inundação e risco, postos de coleta de doações, rotas alternativas, locais de abrigos e deslizamentos de terra.

Como funciona o OpenStreetMap

O OSM é um site que reúne dados de mapas colaborativos totalmente abertos. Qualquer pessoa pode criar e editar uma página ou um mapa. O serviço já conta com aproximadamente 300 mil colaboradores em todo o mundo, e já auxiliou equipes de busca e resgate em várias situações de emergência, como o terremoto que ocorreu ano passado no Haiti.

*CC-BY-SA e ODBL são redes de compartilhamento de dados abertos.

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