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Qualidade da água da Lagoa da Pampulha

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Estudo de caso das condições da qualidade da água da Lagoa da Pampulha

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Engenharia de Minas Gerais, como requisito para a obtenção do título de bacharel em Engenharia de Produção, de autoria dos alunos José Antônio Caetano, Leandro Rodrigues Peixoto e Marco Túlio Carvalho, sob orientação do Ms. Ailton de Almeida, realizado em Belo Horizonte, em outubro de 2011.

Introdução

A água é essencial para sobrevivência da humanidade, além de ser fundamental para as indústrias, agricultura, e todas as atividades humanas. A poluição de lagos, represas, rios e mares vêm se tornando uma preocupação mundial uma vez que a qualidade da água é de extrema importância, principalmente se tratando de consumo, pois ela é o principal constituinte das células humanas e está presente em todos os processos fisiológicos que nelas ocorrem.

A poluição é um problema que afeta todo o planeta terra, e, hoje em dia tem se tornado uma discussão entre cientistas e a população de modo geral. Um dos tipos de poluição que tem grande relevância nas discussões por parte dos cientistas e pesquisadores são as poluições hídricas, principalmente pelos seus impactos em diversos ecossistemas de forma simultânea. Com o crescimento da população e avanço da tecnologia, o número de fábricas também aumentou. Em processos de produção ocorridos em uma fábrica ou indústria, normalmente são englobados produtos químicos e prejudiciais que, ao final da produção são descartados de forma irregular nas águas.

A poluição hídrica ocorre quando são lançadas na água misturas que alteram suas propriedades físicas e químicas – resíduos agrícolas, industriais e esgotos domésticos – afetando diretamente a saúde de pessoas, animais e vegetais que dela dependem. Apesar de ser um dos maiores se não o maior cartão postal da capital mineira, a Lagoa da Pampulha, situada em Belo Horizonte, vem sendo afetada por impactos ambientais devido à poluição e o desenvolvimento desordenado da cidade.

Esse trabalho pretende fazer um levantamento dos níveis da concentração da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO) e Coliformes Fecais da água da Lagoa da Pampulha. Para tanto, serão analisadas, em laboratório, três amostras, cada uma coletada em pontos diferentes da lagoa, e os resultados das análises serão comparados com os dados do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA e se possível também, com os dados divulgados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA). O trabalho pretende, ainda, levantar as indagações dos frequentadores e moradores do entorno da Lagoa visando analisar o índice de satisfação em relação à infra-estrutura do entorno da lagoa.

Contexto do Problema

Dois tipos principais de poluentes são lançados na Lagoa da Pampulha: os resíduos industriais e o esgoto doméstico. Os resíduos industriais contêm material sintético muito prejudicial por não ser degradável. Os lixos em geral e, principalmente, os fertilizantes agrícolas são grandes poluentes uma vez que produzem nitrato. Além disso, por não serem absorvidos pelas plantas, são levados pelas chuvas contaminando o lençol freático, córregos e rios. O esgoto doméstico por sua vez, além de conter bactérias, vermes e protozoários, contém material orgânico que alimenta bactérias aeróbicas que, consomem o oxigênio da água podendo matar todo ser vivo nela encontrada. A pesquisa realizada por meio de questionário em anexo no período de março de 2011 tem como propósito a obtenção de dados dos freqüentadores e moradores do entorno da Lagoa da Pampulha, bem como as condições de degradação da bacia em relação à poluição doméstica e industrial, que são lançadas em suas margens prejudicando o ecossistema de forma geral, além de comparar os dados obtidos em relação aos parâmetros do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA 357/2005 e se possível também com os dados divulgados  pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA.

Problema de Pesquisa

Quais as principais reclamações da população que utilizam a região da Lagoa da Pampulha e as condições da qualidade da água através da demanda bioquímica de oxigênio – DBO, demanda química de oxigênio DQO e Coliformes Fecais por meio de três pontos de medição específicos e testes laboratoriais?

Objetivos

Analisar as condições atuais da qualidade da água e o índice de satisfação dos frequentadores e moradores do entorno da Lagoa da Pampulha localizada em Belo Horizonte – MG.

Objetivos específicos

1. Levantar através de questionário as respostas dos moradores e frequentadores do entorno da Lagoa da Pampulha visando obter a opinião a respeito da lagoa.
2. Coletar amostras da água para verificar por métodos laboratoriais a sua atual condição.
3.  Avaliar os resultados obtidos na análise de cada amostra através da demanda bioquímica de oxigênio – DBO, demanda química de oxigênio DQO e Coliformes Fecais.
4.  Apresentar, com base nos resultados, as possíveis estratégias que possam contribuir para melhoria da qualidade da água da Lagoa da Pampulha e a satisfação da população e freqüentadores do entorno da mesma.

Justificativa

As questões de poluição hídrica em centros urbanos é um problema público que afeta o meio ambiente e a população, seja no lazer, pesca, saúde e qualidade de vida. Por se tratar de um dos maiores centros turísticos da capital mineira, a poluição hídrica da Lagoa da Pampulha afeta a economia da capital mineira.

Apesar de sua importância para o turismo local e urbanístico metropolitano da região, a bacia hidrográfica localizada em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, nomeada como Lagoa da Pampulha, está sendo afetada por grandes impactos ambientais, sendo estes provocados indiretamente pelo crescimento desordenado da capital. A represa sofre com problemas de contaminação ambiental provocados pelo homem e, assim, a relevância dessa pesquisa contribui para viabilização de uma solução ambiental que colabore com a preservação da bacia hidrográfica da Lagoa da Pampulha.

A poluição hídrica é uma preocupação de todos, sendo um dos grandes motivadores para a formação nos cursos da área ambiental.

O presente trabalho agrega valores para formação do engenheiro de produção, pois se tem a oportunidade de trabalhar e exercer na prática os conceitos das disciplinas nas áreas de recursos hídricos e saneamento, disponibilizadas pelo curso, bem como mitigar possíveis soluções que viabilizem a despoluição da bacia hidrográfica da Pampulha.

Referencial teórico

A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates no mundo todo, pois, é um bem fundamental em todas as atividades humanas, sendo necessário todo cuidado para que este seja preservado e mantido em condições perfeitas de uso. A água é a substância que existe em maior quantidade nos seres vivos, representando cerca de setenta por cento do peso do corpo humano. Além de entrar na constituição dos tecidos, a água é o dissolvente que transporta as substâncias não aproveitadas pelo organismo.

O homem necessita ingerir líquido numa quantidade de dois a quatro litros por dia. Com a falta da água no organismo humano, aumenta a concentração de sódio que se encontra dissolvido na água e ao perceber esse aumento, o cérebro coordena a produção de hormônios que provocam a sede. A importância desse precioso líquido, também está diretamente ligada em sua qualidade.

O uso irracional e a poluição de fontes importantes de água doce (rios e lagos) podem ocasionar a falta de água doce muito em breve caso nenhuma providencia seja tomada. Um estudo da (julho de 2000), mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta de água no mundo.

A excessiva poluição das águas dos mares, rios, represas e lagoas tem se tornado uma preocupação mundial. A poluição hídrica ocorre quando qualquer mistura altera as propriedades da água afetando a saúde de pessoas, animais e vegetais, sendo normalmente causada pelo lançamento inadequado de restos industriais, agrícolas e esgotos domésticos.

A água encontra-se disponível sob várias formas e é uma das substâncias mais comuns existentes na natureza, cobrindo cerca de 70% da superfície do planeta. É encontrada principalmente no estado líquido, constituindo um recurso natural renovável por meio do ciclo hidrológico. Todos os organismos necessitam de água para sobreviver, sendo sua disponibilidade um dos fatores mais importantes a moldar os ecossistemas. É fundamental que os recursos hídricos apresentem condições físicas e químicas adequadas para sua utilização pelos organismos, eles devem conter substâncias essenciais à vida além de estar isentos de outras substâncias que possam produzir efeitos deletérios aos organismos que compõem as cadeias alimentares. Assim, disponibilidade de água significa que ela está presente não somente em quantidade adequada em uma dada região, mas também que sua qualidade deve ser satisfatória para suprir as necessidades de um determinado conjunto de seres vivos (biota). (BRAGA et al, 2006, p. 72).

O nosso país precisa se apressar, apesar de vivermos em um caráter encorajador, onde temos água à vontade para beber, tomar demorados banhos, lavar calçadas, encher piscinas, além de gastar na geração de energia e nos processos industriais. Desde os tempos dos assírios e persas, a história do mundo tem-nos mostrado o que acontece, quando povos e nações que dispõem de recursos e riquezas, não sabem usá-los convenientemente, nem estão preparados para defendê-los adequadamente. Antes que seja tarde demais, está na hora de começarmos a enfrentar esse desafio, para que, em vez de virmos a ser adiante parte do problema, possamos emergir como parte decisiva da solução. (DANTAS apud CIRICO; GOZZI; RICCI, 2007, p. 135).

Além dos problemas relacionados à quantidade de água tais como escassez, estiagens e cheias, há também aqueles relacionados à qualidade da água. A contaminação de mananciais impede, por exemplo, seu uso para abastecimento humano.

Segundo a organização mundial de saúde (OMS) estima que 25 milhões de pessoas no mundo morram por ano devido a doenças transmitidas pela água, como cólera e diarréia. A OMS indica que nos países em desenvolvimento 70% da população rural e 25% da população urbana não dispõe de abastecimento adequado de água potável. Ainda segundo a OMS, dos 51 milhões de óbitos registrados mundialmente no ano de 1993, aproximadamente um terço (16,4 milhões) foram causados por infecções e doenças parasitárias. Estima-se que ocorram mundialmente cerca de 900 milhões de casos de diarréias e aproximadamente dois milhões de óbitos infantis por ano, associados ao consumo de água contaminada. (Mariana de SenziZancul , Abril,2006 p. 01).

As principais doenças relacionadas com a água são (CETESB, 2002, p. 05):
Por ingestão de água contaminada:
− cólera;
− disenteria amebiana;
− disenteria bacilar;
− febre tifóide e paratifóide;
− gastroenterite;
− giardíase e criptosporidíase;
− hepatite infecciosa;
− leptospirose;
− paralisia infantil;
− salmonelose.
Por contato com água contaminada:
− escabiose (doença parasitária cutânea conhecida como sarna);
− tracoma (mais freqüente nas zonas rurais);
− verminoses, tendo a água como um estágio do ciclo;
− esquistossomose.
Por meio de insetos que se desenvolvem na água:
− dengue;
− febre amarela;
− filariose;
− malária.

Nos centros urbanos, principalmente, o aumento na demanda dos re­cursos hídricos provocou a sua crescente deterioração.

Essa lógica é verda­deira se considerarmos que as águas residuárias não recebem tratamento adequado, ou que na maioria dos centros urbanizados ele é inexistente. Nesse raciocínio, conclui-se que quanto mais água for utilizada, maior será a quantidade de água residuária devolvida aos mananciais de superfície, e conseqüentemente, maior e mais rápida sua deterioração. (ARCHELLA, et al. 2003, p.518).

Na indústria a água é fundamental, sendo utilizada de maneiras diversas integrando-se ou não aos produtos, e o seu uso corresponde à geração de um tipo de poluição industrial significativa, constituída de resíduos líquidos gerados nos processos industriais.

Dentre as inúmeras fontes de poluição aquáticas, destacam-se o lançamento de esgotos domésticos e industriais nos corpos d’água, comprometendo a qualidade da água de inúmeros mananciais (ZAGATTO apud SALES, 2009, p. 13). A presença de aterros sanitários e lixões são outra fonte de contaminação de corpos d’água através da liberação de chorume, que apresenta alta toxicidade ao ambiente (SISSINO apud SALES, 2009, p. 13).

Os ecossistemas aquáticos estão ameaçados em escala mundial, por grande variedade de poluentes. Alguns problemas têm estado presentes há muito tempo, mas apenas recentemente alcançado um nível crítico, enquanto outros novos estão emergindo. O controle da poluição crescente está diretamente relacionado com a proteção da saúde, garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado e a melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2005, p. 06).

De acordo com a Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981 (BRASIL, 1981, p. 20) que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, “poluição é a degradação da qualidade ambiental de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população. Segundo VON SPERLING (1996, p. 20) considera como principais agentes poluidores das águas os esgotos domésticos, industriais, a drenagem superficial urbana, a agricultura e a pastagem.

“Com o avanço da tecnologia e da capacidade humana em intervir no ambiente para satisfazer suas necessidades, surgem os conflitos quanto ao uso do espaço, dos recursos e da disposição de resíduos no ambiente provocando desequilíbrios na estrutura dos ecossistemas” (MACEDO, 2002; ZAGATTO, 2008, apud SALES 2009, p. 13).

Na época em que a cidade de Belo Horizonte foi fundada em 1897, a região onde se encontra a Lagoa da Pampulha era constituída de áreas de expansão agrícola, caracterizada por baixas densidades populacionais, nas décadas de 20 e 30. (TORRES apud GOMES e SOUSA, 2011, p.02).

O IGAM relata que a Lagoa da Pampulha foi inaugurada em 1938, e reinaugurada em 1958. Seu objetivo era abastecer a região Norte de Belo Horizonte e amenizar os efeitos das chuvas (GOMES; SOUSA, 2011, p.02).

A Lagoa é uma importante referência cultural e de lazer da comunidade, e atualmente é um ícone no resgate das mazelas da ocupação urbana desordenada, (BEATO apud GOMES; SOUSA, 2011, p. 02). De acordo com o IGAM, com o passar dos anos esse crescimento urbano desordenado acarretou a impermeabilização do solo de diversas áreas, devido, por exemplo, ao asfaltamento e a ocupação de encostas. Além disso, as chuvas carrearam terra de obras e áreas desmatadas para dentro da Lagoa da Pampulha (GOMES; SOUSA, 2011, p. 02).

GOMES e SOUSA (2011) citando TORRES afirmam que a ocupação da área pelas classes mais favorecidas começa na década de 40 e década de 50 observa-se a consolidação da Pampulha como pólo urbano. A partir das décadas de 60 e 70 a Pampulha é marcada por um perfil de ocupação heterogênico.

Qualidade da água

A água é um líquido incolor e inodoro, como todas as substâncias são formadas por partículas minúsculas chamadas átomos, que agrupados formam moléculas. A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio – H2O.

Quimicamente, nada se compara à água. É um composto de grande estabilidade, um solvente universal e uma fonte poderosa de energia química capaz de absorver e liberar mais calor que todas as demais substâncias comuns. A água pode ser saudável ou nociva e, na natureza, ela não existe na forma pura devido à sua capacidade de dissolver quase todos os elementos e compostos químicos. A água que encontramos nos rios ou em poços profundos contém várias substâncias dissolvidas, como o zinco, o magnésio, o cálcio e elementos radioativos e,  dependendo do grau de concentração desses elementos, a água pode, ou não, ser nociva. Para ser saudável, não pode conter substâncias tóxicas, vírus, bactérias e parasitos. De forma genérica, a poluição das águas decorre da adição de substâncias ou de formas de energia que, diretamente ou indiretamente, alteram as características físicas e químicas do corpo d’água de uma maneira tal, que prejudique a utilização das suas águas para usos benéficos (TUCCI apud PEREIRA, 2003, p. 01).
A qualidade da água pode ser caracterizada pela natureza e quantidade de seus constituintes físicos, químicos e biológicos. A expressão qualidade da água não se refere a um grau de pureza absoluto, ou mesmo próximo do absoluto, e sim, a um padrão tão próximo quanto possível do natural, isto é, da água tal como se encontra na natureza, antes do contato com o homem (BRANCO apud BEZERRA; IDE; OLIVEIRA, 2009, p. 04).

Quando não tratada, a água é um importante veículo de transmissão de doenças, principalmente as do aparelho intestinal, como a cólera, a amebíase e a disenteria bacilar, além da esquistossomose. Essas são as mais comuns, mas existem outras, como a febre tifóide, as cáries dentárias, a hepatite infecciosa.

A avaliação de um ecossistema possui parâmetros físicos, químicos e biológicos. Os aspectos climatológicos de uma região influenciam diretamente o corpo d’água, provocando sensíveis alterações no seu metabolismo.

Determinação do oxigênio dissolvido

O oxigênio dissolvido (OD) indica a intensidade de arejamento da água. É um excelente indicativo de qualidade da água. A presença de oxigênio dissolvido é de importância vital para os seres aquáticos aeróbios. A introdução de OD no recurso hídrico ocorre através de fotossíntese, da ação de aeradores ou o próprio contato com o ar atmosférico (CETESB apud GOMES; SOUSA, 2011, p. 09).

GOMES e SOUSA (2011) tendo como fonte a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental afirmam que teor de O² na água altera principalmente com a temperatura e com a altitude. Quanto maior seu agrupamento, melhor é a quantidade da água. Esse parâmetro é usado para verificar a qualidade das águas superficiais. Avalia o efeito de despejos oxidáveis (de origem orgânica) no recurso hídrico, serve como um termômetro das condições de vida na água e para avaliar o processo de autopurificação.

A carência de O² em um corpo de água vem á consentir á vida dos micro-organismos anaeróbicos, que se descrevem por não possuírem a enzima superóxido dismutase, que degradam radicais tóxicos que se criam com a presença de oxigênio O método mais aplicado é o de Winkcler, dependendo da ausência de eventuais interferentes (os mais comuns são os nitritos, sais Fe+³, S²-, Fe²+, SO3²-, etc.). É uma reação de iodometria, o método não alterado usa o sulfato manganoso, em meio alcalino que na presença de OD, o manganês é oxidado a uma valência mais alta, formando um precipitado marrom. Nesta fase, se o precipitado for branco, indica a ausência de oxigênio dissolvido (CETESB apud GOMES; SOUSA, 2011, p. 10).

Determinação de p.H

A convicção do potencial hidrogênio iônico de uma água permite a investigação do poder de corrosão, da quantidade de reagentes necessários à coagulação, do crescimento de micro-organismos, do processo de desinfecção, que tem a finalidade de reduzir o nível de micro-organismos e se a água em relação ao p.H se enquadra dentro das legislações pertinentes (MACEDO apud GOMES; SOUSA 2011, p. 10 ).

Determinação dos resíduos totais dissolvidos

Os sólidos totais trazem danos aos peixes e a vida aquática, também provocam sedimentação nos leitos dos rios danificando organismos que fornecem alimento, ou também arruinando os leitos de desovas de peixes. Retém bactérias e resíduos orgânicos no fundo dos rios, promovendo decomposição anaeróbica. O método se fundamenta na sedimentação dos resíduos em suspensão devido a influencia da gravidade e o resultado é fornecido em ml/L (MACEDO apud GOMES; SOUSA 2011, p. 10).

Método turbidez

Segundo a Companhia de Tecnolgia e Saneamento Ambiental, a turbidez de uma amostra de água é o grau de exagero de intensidade que um feixe de luz sofre ao percorrer (e esta redução se dá por absorção e espalhamento, uma vez que as partículas que provocam turbidez nas águas são maiores que o comprimento de onda da luz branca), devido da existência de sólidos em suspensão, tais como partículas inorgânicas (areia, silte, argila) e de detritos orgânicos, algas e bactérias, plâncton em geral, etc. A alta turbidez diminui a fotossíntese de vegetação submersa e algas. Esse crescimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir, a produtividade de peixes (GOMES; SOUSA, 2011, p.11).
GOMES e SOUSA (2011) citando MACEDO (2005) dizem que a indicação da turbidez pelo método nefelométrico, é aprovado nas atividades de controle de poluição e de verificação do parâmetro físico nas águas consideradas potáveis Quanto maior a intensidade da luz espalhada maior será a turbidez de amostra analisada. O turbidímetro é o aparelho usado para leitura, este aparelho é formado de um nefelômetro, sendo a turbidez expressa em unidades nefelométricas de turbidez.

De acordo com GOMES e SOUSA, o Conselho Estadual de Política Ambiental publicou, com relação ao enquadramento das águas, em 24 de junho de 1997, a Deliberação Normativa 020/97, enquadrando a águas da bacia do Rio das Velhas, com base em estudo técnicos realizada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM). Segundo o Instituto Mineira de Gestão das Águas, a Lagoa da Pampulha e seus tributários foram enquadrados na classe 2. Ressalta-se que o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo seus usos preponderantes, é um instrumento da Política de Recursos Hídricos, e visa assegurar qualidade de água compatível com os usos mais exigentes e diminuir os custos de combate a poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes.

De acordo com a classe 2, a água da Lagoa da Pampulha é destinada ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional: à proteção das comunidades aquáticas; à redução de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho); á irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; à criação natural e/ou intensiva de espécies destinadas à alimentação humana (GOMES; SOUSA, 2011, p. 04).

Principais problemas que podem ocorrer em uma Lagoa

Eutrofização

Processo de degradação normalmente de origem antrópicas (provocada pelo homem), ou raramente de origem natural que consiste na gradativa concentração de material orgânico que se acumulam nos ambientes aquáticos (lagoas e outros reservatórios naturais de água). A eutrofização pode ser natural ou provocada por efluentes urbanos, industriais ou agrícolas, criando de forma natural uma condição para o crescimento desordenado de cianobactérias ou vegetais oportunistas, alguns com potencial de liberar toxinas que causam danos nos organismos da cadeia trófica que se alimentam desses autótrofos como no homem.

Outro importante impacto decorrente da eutrofização é a floração de algas e principalmente de cianobactérias, levando a efeitos negativos nos ecossistemas, tanto à biota aquática como à saúde humana, pela liberação de diferentes toxinas (AZEVEDO; VASCONCELOS, 2008, p. 14).

A eutrofização artificial ocorre devido ao aporte de grande quantidade de nutrientes causada por atividade antropogênicas. Neste processo, a quantidade excessiva de minerais (fosfato e nitrato) induz a multiplicação de micro organismos: algas, que habitam a superfície da água, formando uma camada densa impedindo a penetração de a luz solar conseqüentemente reduzem a taxa de fotossíntese nas camadas inferiores, com isto diminui a quantidade de oxigênio que impede o crescimento de organismos aeróbicos (peixes e outros) que devido ao baixo suprimento de oxigênio não sobrevivem. A grande concentração de nutrientes, especialmente azoto e fósforo, freqüentemente arrastados para os lagos e lagoas pelas águas carregadas de fertilizantes químicos, as algas multiplicam-se com uma rapidez extraordinária, formando uma espessa cortina verde à superfície da água, que por sua vez também impede a penetração da luz até as zonas profundas.

Por sua vez, por onde passa, a água de drenagem pluvial pode carrear substâncias em suspensão, tais como partículas finas dos terrenos, que dão turbidez à mesma; pode também carrear substâncias animadas, como algas, que modificam seu sabor, ou ainda, quando passa sobre terrenos sujeitos à atividade humana, podem levar em suspensão microrganismos patogênicos (BRASIL, 2004ª, p. 04).

Pesticidas e fertilizantes provenientes de culturas agrícolas podem ser carreados pela água da chuva para rios e lagos, tornando-os eutrofizados e contaminados com substancias tóxicas com capacidade de bioacumulação, afetando toda a cadeia trófica através da biomagnificação (MOZETO; ZAGATTO, 2008, p. 25).

As colônias de algas que se encontram a maior profundidade deixam de receber luz e não realizarão a fotossíntese, acabando por morrer e entrar em decomposição enquanto as algas das camadas superiores continuarão a receber luz e a produzir oxigênio. Os lagos e lagoas entram em anoxia (falta de oxigênio na água), o que leva também à morte de muitos peixes, que, deixam de ter alimento suficiente para a sua sobrevivência devido ao excesso de algas.
Com a decomposição das algas, haverá liberação de gases como o metano, criando condições favoráveis para o aparecimento de algas “malignas”, que conseguem se reproduzir neste ambiente, como é o caso da cianofícea, mais conhecidas por algas azuis.

O arrastamento de detritos físicos para as margens da lagoa, pedras, dejetos, areia e outros, fazendo diminuir o volume de água. E com menos água, aumenta a concentração do “caldo de nutriente”, que acelera a eutrofização, tendendo a transformar os lagos e lagoas em pântanos.

O processo de eutrofização – aumento excessivo de microorganismos, que causa o esgotamento do oxigênio dissolvido na água – ocorrido na Lagoa da Pampulha fez com que muitos peixes morressem asfixiados. Uma pesquisa da Pontifícia Universidade Católica – PUC Minas, em parceria com o Projeto Manuelzão, demonstrou uma notável perda na riqueza e diversidade de peixes, com redução de quase 50% no número de espécies, desde 1992.

Estratificação

É o processo de gradeamento das temperaturas da superfície e do fundo de uma lagoa ou lago, onde a água quente fica flutuando na zona superior de um reservatório de água. Este estado físico da água também ira ditar os tipos de organismos que podem viver ali: peixes, insetos, zooplâncton, fitoplâncton e outras espécies aquáticas, todos estes têm uma faixa preferida de temperatura para se desenvolverem. Se essa faixa for ultrapassada (para menos ou para mais), o número de indivíduos das espécies diminui até se extinguirem por completo. Outro problema que a estratificação térmica causa em Lagoas é a mudança na velocidade das reações bioquímicas ocasionando assim uma diminuição da zona ativa do sistema.

A eficiência do tratamento nas lagoas de estabilização é função do transporte hidráulico assim como dos processos químicos e biológi­cos que ocorrem em seu interior, como por exemplo, mostram que esses processos são influenciados pela estratificação térmica e pela geometria das lagoas. (CHU; SOONG apud KELNER; MOREIRA; PIRES, 2009, p. 129).

Sedimentação

Nome dado a ação dos materiais que são depositados no leito de córregos, lagos e cursos d’água. Esse fenômeno se da normalmente nos materiais devido a insolubilidade ou por serem pouco solúveis e mais densos que a água. São materiais gerados pelo processo de assoreamento, ou seja, erosões destes que, ao serem transportados e depositados darão origem aos sedimentos.

O sedimento constitui-se de uma mistura de argila, areia sais minerais e matéria orgânica, variando as proporções de cada constituinte, podendo ter uma característica mais orgânica ou mais mineral (ARAÚJO et al., 2008, p. 56).
Muitos poluentes como metais pesados e pesticidas, podem interagir com o sedimento ficando a ele associados, sendo liberados para a coluna d´água em determinadas condições físico-químicas, funcionando como fontes de recontaminação do ecossistema aquático. Considerando que o sedimento reflete os processos presentes nos ecossistemas aquáticos, ele pode ser usado para avaliar o estado trófico ou mesmo o nível de poluição deste ecossistema. (ARAÚJO; BAIRD; ZAGATTO, 2008 apud SALES, 2009 p. 56).

A análise química do sedimento tem sido muito comum para determinar a presença de diversos poluentes como metais, organofosforados, PCBs, e outros, e dessa forma avaliar possíveis impactos antropogênicos, uma vez que são comumente importantes reservatórios de metais pesados, bem como de outras substâncias tóxicas (SALES, 2009). (ARAÚJO; BAIRD; ZAGATTO, 2008 apud SALES, 2009 p. 56).

Contudo, a concentração de metais pode aumentar em organismos aquáticos e ser transferida aos vários níveis tróficos podendo retornar aos ambientes terrestres. Os efeitos tóxicos dos metais pesados e dos compostos de metais são determinados pelo índice e o alcance com que os metais ou compostos se convertem em uma forma bio-disponível. Ao ingressar no ambiente, os íons livres do metal podem ligar-se à matéria orgânica, reduzindo a quantidade que está bio-disponível (MUNIZ; OLIVEIRA-FILHO apud SALES, 2009, p. 15).

Além disso, a densidade do tráfego de veículos, por exemplo, pode influenciar na concentração de metais em plantas e solo (DUARTE; PASCAL apud SALES 2009, p.15).

Segundo SALES (2009), SANTOS afirma que estudos de metais pesados presentes na coluna d´água tem grande significado para se compreender a poluição em ambientes aquáticos, tanto em nível local como global, pois causam prejuízos à comunidades aquáticas. Metais, como cobre, podem ser extremamente tóxicos para o zooplâncton (ARAUCOET et al. apud SALES, 2009, p. 15 ).

Classificação das águas

Considerando a necessidade do controle da poluição e a manutenção da qualidade dos corpos d’água, o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, através da resolução Nº 357 de 17/03/05, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), estabeleceu uma classificação para as águas do território nacional em  doces (salinidade inferior a 0,5%), salobras (salinidade entre 0,5% e 30,0%) e  salinas (salinidade igual ou superior a 30,0%), e para cada uma delas, classes, conforme seus usos. Para cada classe estabelecem-se níveis de qualidade a serem mantidos e/ou alcançados em um corpo d’água (BRASIL, 2005, p. 06).

Para as águas doces, a resolução CONAMA Nº 357 estabelece um sistema de classes de qualidade baseadas nos usos preponderantes que devem possuir. As classes são: Classe especial, Classe 1, Classe 2, Classe 3 e Classe 4.

Resíduos sólidos

São os restos de atividades humanas, considerados como inúteis, ou descartáveis, podendo-se apresentar nos estados sólido, semi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional.

De acordo com a Norma Brasileira NBR 10004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1987), resíduos sólidos são definidos como ‘’resíduos nos estados sólidos ou semi-sólidos que resultam da atividade da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, se serviços e de varrição. Considera-se também, resíduo sólido, os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle da poluição, bem como, determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água resto das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional’’. (ANTONIALI; OLIVEIRA; SOUZA, 2009 p. 01).

Grande parte destes resíduos é produzida nos grandes centros urbanos. São originários, principalmente, de residências, escolas, indústrias e construção civil.

Muitos destes resíduos sólidos são compostos de materiais recicláveis e podem ser reintroduzidos na cadeia de produção, gerando renda para catadores e lucro para empresas. Para que isto ocorra, é necessário que haja nas cidades um bom sistema de coleta seletiva e reciclagem de lixo. Em cidades que não praticam este tipo de processo, jogando todo tipo de resíduo sólido em aterros sanitários, polui-se o meio ambiente, pois muitos resíduos sólidos levam décadas ou até séculos para serem decompostos.

Alguns tipos de resíduos sólidos prejudicam o meio ambiente com maior intensidade e merecem um sistema de coleta e reciclagem rigoroso. Podemos citar como exemplos, as pilhas e baterias de celulares que são formadas por compostos químicos com alta capacidade de poluição e toxidades para o solo e água.

Classificação dos resíduos sólidos

A classificação dos resíduos é dada através da identificação do processo ou atividade que lhes deu origem, seus constituintes, características e a comparação destes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido (ABNT, 2004).

As concentrações dos elementos detectados nos extratos lixiviados são então comparadas com os limites máximos estabelecidos nas listagens constantes da NBR 10.004 (ABNT, 2004).

De acordo com a NBR 10.004 da ABNT, os resíduos sólidos podem ser classificados em:
1 Classe I ou perigosos: são aqueles que, em função de suas características intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública através do aumento da mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

2 Classe II ou não-inertes: são os resíduos que podem apresentar características de ombustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I.

3 Classe III ou intertes: são aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando amostrados de forma representativa, segundo a norma NBR 10.007, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, conforme listagem nº 8 (Anexo H da NBR 10.004), excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

Características das águas residuárias

Preliminares

Os esgotos oriundos de uma cidade e que contribuem à estação de esgotos são basicamente originados de três fontes distintas:
– esgotos domésticos ( incluindo residências, instituições e comércio );
– águas de infiltração
– despejos industriais ( diversas origens e tipos de indústria ).
No Brasil adota-se na maioria das vezes o sistema separador de esgotamento sanitário, o qual separa as águas pluviais em linhas de drenagem independentes e que não contribuem à ETE. Em outros países, no entanto, adota-se predominantemente o sistema combinado, no qual os esgotos e as águas pluviais são veiculados conjuntamente pelo mesmo às ETE’s, porém estas levadas em consideração o seu dimensionamento as águas pluviais.

Vazão doméstica

O conceito de vazão doméstica engloba usualmente os esgotos dos domicílios, bem como de atividades comerciais e institucionais de uma localidade. Normalmente a vazão de esgoto doméstico é calculada através da vazão de água de uma determinada localidade, que por sua vez é então calculada em função da população de projeto e de um valor atribuído para o consumo médio diário de água de um indivíduo, denominada Quota Per Capita (QPC).

Vazão industrial

A vazão de esgotos advinda de despejos industriais é em função de seu principal porte da indústria, processo, grua de reciclagem, existência de pré-tratamento. Desta forma, mesmo no caso de duas indústrias que fabriquem o mesmo tipo de produto, as vazões de despejos são diferentes entre si.  No coso de indústrias que constitui a rede pública, e em decorrência à estação de tratamento, é de grande importância uma adequada avaliação das respectivas vazões, já que os despejos industriais podem exercer uma grande influencia no projeto de operações da ETE. Deve-se procurar obter dados específicos de cada indústria mais significativa a fim de extrair dados de interesse para o projeto.
O padrão de lançamento de despejos industriais, ao longo do dia, não segue o hidrograma da vazão doméstica, variando substancialmente de indústria para indústria.

Caracterização da qualidade dos esgotos

Esgotos domésticos

Os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,9% de água, sendo a fração restante de sólidos orgânicos e inorgânicos, suspensos e dissolvidos, bem como microorganismos. Portanto, é devido a essa fração de 0,1% que há necessidade de se tratar os esgotos.

A característica dos esgotos é dada em função ao uso em que a água foi submetida. Esses usos, e a forma com que são exercidos, têm ligação com o clima, situação social e econômica, e hábitos da população.

Os esgotos domésticos são constituídos, primeiramente por matéria orgânica biodegradável, microorganismos (bactérias, vírus, etc.), nutrientes (nitrogênio e fósforo), óleos e graxas, detergentes e metais. (BENETTI; BIDONE apud PEREIRA, 1995 p. 02).

No projeto de uma estação de tratamento, não há interesses em saber quais os compostos dos quais as águas residuárias é constituída, pois, não só pela dificuldade de executar testes em laboratório, mas também pelo fato dos resultados não serem diretamente utilizáveis como elementos de projeto e operação. Assim, é preferível a utilização de parâmetros indiretos, podendo esses serem divididos em três categorias: parâmetros físicos, químicos e biológicos.

Esgotos industriais

As características dos despejos industriais variam essencialmente como o tipo da indústria e com o processo industrial utilizado. Um importante parâmetro caracterizador dos despejos industriais é o equivalente populacional, que traz por sua vez a equivalência entre o potencial poluidor de uma indústria comumente em termos de matéria orgânica e uma determinada população, a qual produz essa mesma carga poluidora.

Segundo Las Casas (2004, p. 14), Bertoletti afirma que o controle da descarga dos efluentes industriais assume destacada importância quando os mesmos são dispostos conjuntamente com os esgotos domésticos para tratamento posterior nas ETEs – Estações de Tratamento de Esgotos municipais, sob pena de inibição dos processos biológicos previstos para ocorrerem nestas obras de investimentos vultuosos, que requerem um funcionamento eficaz para a melhoria da qualidade das águas.

Principais esgotos lançados na Lagoa da Pampulha

Há inúmeros córregos que deságuam na Lagoa da Pampulha, porém os córregos Sarandi e Ressaca são considerados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA os principais poluidores, sejam esses residenciais ou industriais.

Esgoto residencial

O esgoto residencial ou doméstico gerado pela população tem destinações variadas quanto ao lançamento final. Parte considerável do esgoto doméstico é lançado em redes coletoras, e outra parte é lançado em sumidouros, contaminando o lençol freático ou diretamente os cursos d’água. Com a diminuição do curso d’água dos córregos que deságuam na Lagoa da Pampulha, há mais concentração de matéria orgânica, aumentando a quantidade de algas proporcionando a diminuição da oxigenação da água.

Esgoto industrial

Com os resíduos químicos normalmente emitidos por indústrias, tem-se um aumento no processo de eutrofização e contaminação do ecossistema, fazendo com que haja uma deterioração da qualidade da água. Quando há um lançamento destes resíduos industriais normalmente acompanhados com metais pesados, não só prejudica os peixes, mas também faça com que haja uma poluição do ar e uma poluição visual, além de trazer mau cheiro e turbidez da água. O mau cheiro tem grande relevância quanto a população local e os visitantes, pois traz uma diminuição do turismo.

Escoamento

Escoamento pluvial

O escoamento superficial é a fase do ciclo hidrológico que trata do conjunto das águas que, por efeito da gravidade, se desloca na superfície da terra e o escoamento pluvial (águas das chuvas). O objeto de estudo que mostra os diversos tipos de escoamento desde o superficial ao subterrâneo, a partir de análises e estudos, podem-se prever os impactos causados pelos escoamentos e minimizá-los, ou até então usar estes estudos em prol da sociedade, tendo conhecimento para o beneficiamento e tratamento das águas providas destes escoamentos.

Escoamento superficial

O escoamento superficial tem seu próprio ciclo de escoamento que pode ser descrito em três fases: na primeira fase o solo está seco e as reservas de água estão baixas; na fase seguinte, iniciada a precipitação, ocorrem interceptação, infiltração e escoamento superficial; na última fase o sistema volta a seu estado normal, após a precipitação. Fatores como tipo de vegetação, tipo de solo, condições topográficas, ocupação e uso do solo, são fatores que determinam a relação entre vazão e precipitação. Quando a precipitação já preencheu as pequenas depressões do solo, a capacidade de retenção da vegetação foi ultrapassada e foi excedida a taxa de infiltração, começa a ocorrer o escoamento superficial. Inicialmente, formam-se pequenos filetes que escoam sobre a superfície do solo até se juntarem em corredeiras, canais e rios. O escoamento ocorre sempre de um ponto mais alto para outro mais baixo, sempre das regiões mais altas para as regiões mais baixas até o mar.

O processo do escoamento inclui uma série de fases intermediárias entre a precipitação e o escoamento em rios. Para entender o processo do escoamento é necessário entender cada uma destas fases. Esta seqüência de eventos é chamada de ciclo do escoamento.

Educação ambiental

A Educação Ambiental se constituiu com base em propostas educativas oriundas de concepções teóricas e matrizes ideológicas distintas, sendo reconhecida como de inegável relevância para a construção de uma perspectiva ambientalista de sociedade. Tal fato é relativamente simples de compreender quando pensamos a Educação Ambiental – EA como uma práxis educativa que se definiu no próprio processo de atuação, nas diferentes esferas da vida, das forças sociais identificadas com a “questão ambiental”. Estas, em suas múltiplas tendências, nas últimas três décadas, procuram materializar ações distintas e por vezes antagônicas, almejando alcançar patamares societários distintos do atual por meio de caminhos vistos como sustentáveis, requalificando a compreensão e o modo de nos relacionarmos na natureza.

Metodologia

O que é pesquisa

“ Pode-se definir pesquisa  como o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante ao emprego de procedimentos científicos”. (GIL apud CARDOSO, 2008, p. 01).

Para Medeiros (2007), a pesquisa tem como objetivo fundamental contribuir para evolução do conhecimento humano em todos os setores, da ciência pura, ou aplicada: da matémática ou da agricultura, da tecnologia ou da literatura.
“Objetivamente, a pesquisa científica divide-se em pura e aplicada, e sua finalidade principal é concorrer para o progresso da ciência.”(MEDEIROS, 2007, p. 41).

“Será chamada pesquisa científica se sua realização for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme normas metodológicas consagradas pela ciência”. (MEDEIROS, 2007, p. 41).

Principais tipos de pesquisa

Segundo CARDOSO (2008), para GIL (2007, p. 01), as pesquisas se classificam em três níveis:

a) Exploratória: tem como propósito desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de problemas ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Dentre todos os tipos de pesquisa, a pesquisa exploratória apresenta menor rigides no planejamento, e abrange levantamento bibliográfico e documental, entre visitas não padronizadas e estuds de caso. Além disso, não são aplicáveis, neste tipo de pesquisa, procedimento de amostragem e técnicas quantitativas de coletas de dados. Seu objetivo está focado em propiciar uma visão geral, de tipo aproximativo, a respeito de determinado fato.

b) Descritiva: tem objetivo principal descrever as características de uma determinada população ou fenômeno, ou estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas características mais importantes se refere à utilização de técnicas padronizadas para coleta de dados. Entre as pesquisas descritivas destacam-se aquelas que tem por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição de renda, sexo, nível de escolaridade, etc., e as pesquisas que estudam o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade: condições de habitação de seus habitantes, índece de criminalidade registrada, etc. São concideradas pesquisas descritivas aquelas que têm como propósito descobir a existência de associações entre variáveis.

c)  Explicativa: tem como objetivo central identificar fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É um tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade por explicar a razão e o porquê das ,coisas. Sendo assim, é o tipo mais complexo e delicado, pois o risco da ocorrência de erros aumenta de modo considerável. Os resultados propostos pelos estudos aplicativos são a base do conhecimento científico.

d)  Experimental: este tipo de pesquisa caracteriza-se pelo uso de equipamentos, laboratórios, técnicas e instrumentos que possam indicar um resultado concreto.

Sendo o estudo de caso a estratégia de pesquisa selecionada, a sua natureza será   exploratória, pois seu foco está voltado para demonstrar o que pensam os frequentadores e moradores do entorno da Lagoa da Pampulha, além de pesquisar as medições dos níveis da qualidade da água, podendo contribuir para possíveis formas de melhoria em suas dimensões.

Estudo de caso

“ O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outro tipos de delineamento considerados.” (GIL apud CARDOSO 2008, p. 02).

Os principais pontos fortes para se adotar o estudo de caso são: um exepcional meio para responder questões de pesquisa; oferecer recursos para investigar unidades sociais complexas; esclarecer propósitos; processos, problemas e programas.

O presente trabalho se enquadra nesse conceito, e será realizado pelo Centro Tecnológico de Alimentos e Apoio Empresarial (CETEA), onde são realizados testes em amostras de diferentes materiais visando verificar os níveis de DBO, DQO e Coliformes Fecais presentes na água da Lagoa da Pampulha.

Coleta de dados

A coleta de dados se refere ao método no qual a informação é coletada, conforme as variáveis a serem estudadas e os objetivos a serem estudados.

Uma vez em que se prentende assimilar a utilização e apropriação pelos frequentadores da Lagoa da Pampulha, optou-se pelo emprego de métodos que possibilitem compreender a percepção que os mesmos tem do local, preferências e sugestões.

Deste modo, foi criado um questionário com 12 questões de múlpliplas escolhas, sendo estas elaboradas de forma simplificada pelo grupo para entendimento às diversas classes sócio-econômicas. A amostragem  de 100 pessoas distintas, visa a caracterização da frequência dos entrevistados e a forma como os mesmos utilizam o espaço.
A coleta de dados realizada na orla da Lagoa da Pampulha através de pesquisa de campo, foi um dos procedimentos adotados neste trabalho, além de pesquisas bibliográficas e informações obtidas de sites confiáveis, buscando referências e conceitos sobre os assuntos tratados.

As coletas das amostras de água para análise em laboratório, foram feitas conforme os procedimentos internos  descritos no mural de “ Procedimentos Operacionais Padrão “ elaborado pelo laboratório. Consta nestes procedimentos, todas as medidas necessárias para obtensão de sucésso na colheta das amostras.
As amostras foram coletadas em três pontos diferentes da Lagoa, visando identificar as diferentes situações e variações dos níveis da qualidade da água da Lagoa da Pampulha. Os pontos de coleta são:
– Córrego Sarandi
– Igrejinha
– Iate Clube, área de Lazer
Estes pontos foram escolhidos visando identificar a qualidade da água em relação às áreas de lazer e os pontos mais crítico em relação a poluição da Lagoa da Pampulha.

Amostragem

A amostragem visará a caracterização da frequência dos entrevistados no local onde estará sendo executado a coleta de dados, para compreensão do uso e da forma como os mesmos utilizam o espaço, além de obter informações sobre o conhecimento da comunidade apresentando a realidade da Lagoa. Após a coleta de dados, serão feitas fotos em diversos pontos caracterizando a visão dos frequentadores, levantando a situação visual do entorno da Lagoa da Pampulha.

A amostragem da água coletada em diferentes pontos, visa qualificar e quantificar os níveis de poluentes presentes na bacia. A água por ser um solvente universal, se encarrega de dissolver as substâncias indesejáveis presentes no corpo d’água, minizando assim os impactos ao longo do curso.

Análise dos dados

Após a coleta de dados, o próximo passo será a análise e interpretação dos dados, que são de suma importância para entender o comportamento da população estudada, por meio dos resultados obtidos.

“A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.” (GIL apud CARDOSO, 2008, p. 24).

Os dados da pesquisa de campo foram agrupados, qualificados e tabulados, com o intuito de visualisar através de gráficos e verificar a porcentagem da amostra de maior expressão.

Os dados obtidos em laboratório, serão comparados com os parâmetros pré-estabelecidos pelo CONAMA – Conselho Nascional de Meio Ambiente.

Pesquisa de Campo

Opinião pública sobre a poluição da Lagoa da Pampulha.

Na pesquisa realizada em campo no mês de março de 2011 obtivemos informações de um total de 100 pessoas. Na figura 1, têm-se bem destacado que 49% dos entrevistados têm idade compreendida entre 19 e 40 anos, enquanto uma minoria de 21% dos entrevistados estão na faixa etária compreendida entre 10 e 18 anos.

Figura 1- Faixa Etária dos Entrevistados

Podemos observar na figura 2 que 49% dos entrevistados moram nas proximidades da Lagoa da Pampulha e 35% em seu entorno. Apesar de a minoria dos entrevistados morarem longe da Lagoa, eles somam 16%, ficando evidente que ainda há uma quantidade significativa de pessoas que visitam o cartão postal da capital mineira.

Podemos observar na figura 2 que 49% dos entrevistados moram nas proximidades da Lagoa da Pampulha e 35% em seu entorno. Apesar de a minoria dos entrevistados morarem longe da Lagoa, eles somam 16%, ficando evidente que ainda há uma quantidade significativa de pessoas que visitam o cartão postal da capital mineira.

Figura 2 – Moradia dos Entrevistados

Os resultados da pesquisa apontam, ainda, que 37% dos entrevistados usam as áreas de lazer e 33% optam pela área de esportes, enquanto 30% dos entrevistados apenas passam pela área da lagoa. Com os resultados bem distribuídos – como mostra a figura 3 – podemos concluir que, além da área de lazer e  de esportes, os entrevistados também usam a área da Lagoa como escoamento de trânsito na capital mineira.

Figura 3 – Finalidade da freqência dos entrevistados á Lagoa da Pampulha.

Quanto à frequência dos entrevistados à Lagoa, os resultados apontam que 74% a frequentam nos finais de semana e 12% diariamente enquanto 14% a frequentam raramente. Isso está representado na figura 4.

Figura 4: Frequência dos entrevistados á lagoa da Pampulha.

Na figura 5, fica claro que 76% dos entrevistados, consideram o lazer esportivo o principal ponto positivo da Lagoa, enquanto 10% consideram que seja o comércio local e 8%  a fauna e flora. Apesar dos outros atrativos da Lagoa, fica evidente que o lazer esportivo é o favorito dos entrevistados.

Figura 5 – Pontos na Lagoa que chamam positivamente a atanção dos entrevistados.

Os resultados da pesquisa mostram, ainda, que 73% dos entrevistados consideram o odor o principal ponto negativo da Lagoa,  enquanto 12% consideram que seja a poluição visual e 9% a cor da água. Com estes resultados pode-se afirmar que o odor é o que mais incomoda a maior parte dos entrevistados sendo, sem dúvida, um ponto muito negativo na Lagoa da Pampulha, principalmente pelo fato de ela ser cartão postal da cidade de Belo Horizonte.

Figura 6 – Pontos na Lagoa que chamam negativamente a atanção dos entrevistados.

De todos os entrevistados, 84% pensam que, se mais eventos fossem realizados ao redor da Lagoa da Pampulha, haveria benefícios para a capital mineira enquanto 16% dos entrevistados acham que eventos sócio culturais no entorno da Lagoa não trariam benefícios para a capital. Isso é retradado na figura 7.

Figura 7 – Opinião dos entrevistados sobre se haveria ou não benefícios na realização de eventos ao redor da Lagoa.

Para os os 84% dos entrevistados que pensam que eventos ao redor da Lagoa da Pampulha trariam benefícios para a capital mineira, foi perguntado qual seria, para eles, o principal benefício. A figura 8 mostra  59% deles consideram que o principal benefício seria a geração de renda para capital mineira, seguido de 31% que acham que seria a geração de empregos.

Figura 8 – Principais benefícios de eventos ao redor da Lagoa de acordo com os entrevistados.

Os dados da pesquisa apontam que, de zero a cinco, 40% dos entrevistados deram nota três para o nível de segurança pública na Lagoa, enquanto 20% dos entrevistados deram nota dois e 18% nota quatro. A segurança hoje em dia é um fator preocupante para população em geral e pode-se observar na figura 9, que a maioria dos entrevistados não considera que a Lagoa da Pampulha seja um ambiente muito seguro.

Figura 9 – Nota atribuida pelos entrevistados à segurança na Lagoa da Pampulha.

Como retratado na figura 10, de todos os entrevistados, 76% consideram que os espaços oferecidos para prática de esportes atendem apenas parcialmente as necessidades do público enquanto 15% consideram que os espaços são insuficientes para os frequentadores. Apenas 9% dos entrevistados responderam que os espaços são satisfatórios e atendem a população, o que mostra que a maioria da população se beneficiaria com a melhoria desses espaços.

Figura 10 – Satisfação dos entrevistados quanto aos espaços para a prática de espostes na Lagoa da pampulha.

Fica evidente na figura 11 que a opinião dos entrevistados é bem dividida quando se trata de gastos públicos. O gráfico mostra que 52% dos entrevistados pensam que os gastos para despoluição da Lagoa da Pampulha seriam melhor aplicados se fosse direcionados à outras obras na capital mineira, enquanto 48% dos entrevistados consideram a despoluição da Lagoa a melhor aplicação desse dinheiro.

Figura 11 – Opinião dos entrevistados quanto à aplicação dos gastos públicos.

Para os 52% dos entrevistados que prefeririam que os gastos públicos fossem redirecionados, foi perguntado qual seria o melhor destino. A figura 12 evidencia que, para 65% deles, os gastos milionários direcionados à despoluição da Lagoa da Pampulha seriam mais bem aplicados em educação e escolas, quanto 26% consideram que hospitais e postos de saúde seriam o melhor destrino. Dos outros 9% restantes, 6% destinaria a verba à obras de saneamento básico e 3% à transporte público. Esses resultados mostram que educação e saúde são prioridades para a população belorizontina e que os gastos com ambos é insuficiente para atender as necessidades da população.

Figura 12 Melhor destino para a verba atualmente aplicada na Lagoa da Pampulha de acordo com a opinião dos entrevistados.

Resultados Laboratoriais

Objetivo

O objetivo da obtenção de resultados laboratoriais sobre a qualidade da água da Lagoa da Pampulha é comparar os resultados obtidos na análise de cada amostra com os dados do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA.
A amostra retirada na desembocadura do Córrego Sarandi está em desacordo com os padrões legais vigentes para coliformes fecais conforme portaria nº 518 do Ministério da Saúde, além de estar em desacordo com os padrões legais vigentes para DBO e DQO conforme COPAM/CERH – MG  nº 1 de 05/05/2008, Artigo 19 – lançamento em corpo receptor – conforme descrito na análise laboratorial. Há uma nítida identificação das divergências nos resultados das amostras em relação aos parametros do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM/CERH, tratando-se de DBO, DQO e coliformes fecais, apresentando um aumento significativo da poluição neste ponto.

Figura 13: Resultado da análise microbiológica e físico química – Córrego Sarandi

A amostra retirada na Igrejinha está em desacordo com os padrões legais vigentes para coliformes fecais, DBO e DQO conforme portaria nº 518 do Ministério da Saúde, além de estar em desacordo com os padrões legais conforme COPAM/CERH – MG  nº 1 de 05/05/2008; Artigo 19 – lançamento em corpo receptor – conforme descrito na análise laboratorial. No gráfico, os resultados da amostra da água retirada no ponto próximo à Igrejinha, apresenta uma variação inferior ao resultado retirado no ponto próximo ao córrego Sarandi. Porém, o resultado apresenta um almento significativo de DQO e Coliformes fecais presentes na amostra.

Figura 14: Resultado da análise microbiológica e físico química – Igrejinha

A amostra do Córrego Sarandi está em desacordo com os padrões legais vigentes para Coliformes Fecais, DBO e DQO conforme portaria nº 518 do Ministério da Saúde e os padrões legais vigentes do COPAM/CERH – MG  nº 1 de 05/05/2008; Artigo 19 – Lançamento em corpo receptor. Conforme os resultados apresentados no gráfico, tem-se uma variação inferior aos demais pontos de coleta, evidenciando que quanto maior a distancia de coleta das amostras em relação ao ponto onde desaguam os córregos na bacia, os resultados tendem a se aproximar dos parametros exigidos pelo COPAM/CERH, isto é ocorre uma autodepuração demonstrando que a própria natureza se incarrega de reconstituir o estado natural da água.

Figura 15: Resultado da análise microbiológica e físico química – Iate Tênis Clube

Considerações finais

Após a análise dos dados para verificação das condições atuais da qualidade da água da Lagoa da Pampulha, o grupo observou que além dos problemas provocados pela natureza, a Lagoa da Pampulha sofre tamém com a poluição do homem.
O monitoramento das águas pode ser considerado como um dos pré-requisitos para o sucesso de qualquer sistema de gestão das águas, permitindo a obtenção de informações necessárias para os apontamentos dos dados e viabilizando projetos de investimento para despoluição. Um dos projetos viabilizando o uso dos sedimentos da Lagoa da Pampulha, teve como o objetivo o aproveitamento da areia acumulada no leito da lagoa. Sua aplicação seria em caixas de areia para o tratamento preliminar de sólidos grosseiros, tendo com objetivo a filtragem das águas dos próprios córregos que desaguam na Lagoa da Pampulha.

Os córregos Sarandi e Ressaca são os mais poluentes, tendo em suas águas principalmente os reíduos industriais e domésticos. Sendo assim, algumas medidas que visem recuperar o reservatório da Pampulha devem ser voltadas para o saneamento básico, conscientizando a população da importância do reservatório da Pampulha para a capital Mineira.

A opinião do público frequentador, retrata basicamente a realidade da situação que se encontra na Lagoa da pampulha, onde ocorre um nítido padrão de distribuição horizontal para as variáveis, turbidez, sólidos totais em suspensão, coliformes fecais, demanda bioquímica de oxigênio – DBO, demanda química de oxigênio – DQO. Esse padrão é caracterizado por altas concentrações na região dos córregos Ressaca e Sarandi, que vão decrescendo em direção à barragem, onde são encontradas as menores concentrações desses parâmetros;
As análises laboratóriais nos mostraram que o indice de poluição que segundo a legislação CONAMA, esta acima dos limites legais, necessitando de intervenção imediata do poder publico e também a mobilização e concientização da sociendade como um todo com o intuito de diminuir a emissão de poluentes nos córregos que desaguam na Lagoa da Pampulha.

Estratégias que possam contribuir para melhoria da qualidade da água da Lagoa da Pampulha.

A implantação de captação de esgotos decorrentes de resíduos domésticos e industriais seria responsável por uma queda brusca dos materiais orgânicos e inorgânicos que contaminam o reservatório, minimizando a agressão ao meio, bem como elevando de modo substancial a qualidade ecológica da Lagoa.

A implantação de ETE’s – Estação de Tratamento de Esgoto é a unidade operacional do sistema de esgotamento sanitário que através de processos físicos, químicos ou biológicos removem as cargas poluentes do esgoto, devolvendo ao ambiente o efluente tratado, em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.

A aplicação de carvão ativado granulado, ou carvão ativado pulverizado,  encontra-se em uso crescente como um processo eficiente e econômico na purificação de despejos líquidos, principalmente na remoção de compostos orgânicos, cor, odor e sabor, através da absorção. Este processo de adsorção consiste na passagem de um líquido através de um leito estático, não fluidizado, de carvão ativado granular até que a capacidade de adsorção do adsorvente se esgote, de tal forma que o líquido se encontre dentro dos padrões de qualidade de pureza exigida pela legislação ambiental.

A utilização da radiação ionizante tem como finalidade a remoção de compostos orgânicos em efluentes provenientes de indústrias cujo processo produtivo libera carga tóxica elevada.

O IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da Comissão Nacional de Energia Nuclear, com um programa de pesquisa, visa o desenvolvimento de transferir uma tecnologia alternativa para o tratamento de efluentes de origem industrial, reduzindo assim as poluições decorrentes de processos industriais.

Conclusão

A pesquisa de campo realizada pelo grupo levantou dados importantes, demonstrando que os entrevistados estão cientes e insatisfeitos com os problemas da poluição da bacia, evidenciando que os freqüentadores e moradores estão divididos entre manter os gastos utilizados na Lagoa da Pampulha e se no caso houvesse a possibilidade redirecionariam os recursos utilizados nesta em outras obras também importantes.

Após os levantamentos realizados pelo grupo, ficou evidenciado que o índice de poluição de forma geral em termos de DBO, DQO e Coliformes Fecais presentes na bacia da Lagoa da Pampulha estão acima dos limites de tolerância, conforme a legislação ambiental, necessitando de ações incisivas e imediatas de despoluição, seja por parte do poder público ou não. É necessária a criação de programas de educação ambiental, visando conscientizar a população de forma geral no intuído de reduzir a emissão de poluentes na bacia.

Neste estudo, foram mencionadas possíveis soluções para contribuir para despoluição e melhoria da qualidade da água da Lagoa da Pampulha, tornando a capital mineira um exemplo de sustentabilidade no quesito de gestão ambiental.

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