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Brasil e China realizam testes no satélite Cbers-3

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Especialistas brasileiros e chineses realizaram testes de compatibilidade eletromagnética entre o satélite CBERS-3 e a estação de recepção e gravação de imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), localizada em Cuiabá (MT). Entre os dias 18 e 25 de março, foi verificada a comunicação entre os equipamentos dos subsistemas transmissores de dados do satélite e o software do sistema de ingestão e gravação instalado na estação.

Em parceria com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast), o Inpe mantém o Programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, na sigla em inglês). O CBERS-3 será o quarto satélite a ser lançado pelo programa, que deu ao Brasil o domínio da tecnologia para o fornecimento de dados de sensoriamento remoto.

Os testes realizados em Cuiabá são importantes não somente para garantir a recepção das imagens, mas também para a verificação da correta decodificação e recuperação dos dados auxiliares transmitidos junto a elas, tais como os dados de telemetria das câmeras e os dados de órbita e atitude.

Após a validação da estação de Cuiabá para a recepção do CBERS-3, testes semelhantes serão realizados em uma estação de recepção de imagens na China.

Processo

Os testes envolveram os subsistemas transmissores de dados brasileiro (MWT) e chinês (PIT). As imagens previamente gravadas das câmeras brasileiras Multi-espectral (MUXCam) e Imageadora de Amplo Campo de Visada (WFI) e das câmeras chinesas Imageador de Média Resolução (IRS) e de alta resolução PANMux são injetadas nos subsistemas MWT e PIT e transmitidas simultaneamente via antenas para a estação.

Após a recepção e a demodulação, são realizadas a descompressão, decodificação e visualização em tempo real destas imagens. Os dados recebidos devem ser idênticos aos dados enviados. O software do sistema de ingestão e gravação foi desenvolvido sob contrato pela AMS Kepler Engenharia de Sistemas Ltda.

Participaram desta missão vinte especialistas, entre engenheiros e técnicos do grupo de telecomunicações da Divisão de Eletrônica Aeroespacial da Coordenação de Engenharia e Tecnologia Espaciais (DEA/ETE), da Estação Terrena de Cuiabá (ETC), da Estação de Recepção de Imagens (ERG) de Cuiabá, da Coordenação de Observação da Terra (OBT), estes do INPE, da indústria brasileira (AMS Kepler) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast).

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