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Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais e Cadastro – Parte II

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Uma Infraestrutura de Dados Espaciais – IDE leva certo tempo para obter seus frutos. Para sua implantação é necessário executar algumas etapas. A construção de uma IDE inicia-se pela padronização dos elementos a serem compartilhados. Posteriormente, é realizada a conexão (criação da infraestrutura de comunicação) entre os órgãos, depois se realiza a integração dos órgãos, numa cooperação mútua; e, finalmente, se constitui a rede, onde os usuários externos são integrados, como mostra a figura abaixo.

Etapas de uma IDE. Adaptado de Oosterom (2009). Land Administration as a Cornerstone in the Global Spatial Information Infrastructure.

Nestas fases são desenvolvidos os aspectos técnicos da implantação, como o armazenamento, os formatos de dados, o compartilhamento, a qualidade dos dados, e definições de serviços Web (Clearinghouse e Geoportal), além de definição de aspectos organizacionais.  

Para a implantação da INDE no Brasil a CONCAR, criou o Comitê de Planejamento da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – CINDE. Este comitê elaborou um documento com as diretrizes da implantação, denominado de “Plano de Ação para Implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais”, elaborado em 2009 e disponibilizado no site da CONCAR.  Segundo essas diretrizes a implantação da INDE esta divida em três ciclos:

 

Até o final do primeiro Ciclo, o objetivo é implantar toda a infraestrutura de dados e metadados, bem como os serviços necessários para a publicação de Informações Geoespaciais – IG em alguns órgãos do setor público federal. Para a distribuição de dados e metadados será estruturado o Diretório Brasileiro Dados Geoespaciais – DBDG.

O Ciclo II é definido como o ciclo de consolidação do DBDG no governo federal e sua extensão para os demais níveis do governo. Outro objetivo deste ciclo é a integração com outros IDEs nos níveis continental, regional, e institucional/corporativo, tendo como principal meta do ciclo transformar a INDE na principal ferramenta de busca, exploração e acesso de dados e metadados geoespaciais do Brasil.

No Ciclo III, espera-se que todos os setores produtivos da sociedade, além do governo, tenham conhecimento do DBDG. Este ciclo tem como principal objetivo tornar esta ferramenta como suporte para a formulação de políticas públicas, sendo utilizada pelo setor governamental e pela própria sociedade nas tomadas de decisões.

O geoportal da INDE já está à disposição dos usuários, nele estão disponibilizadas as normas, as legislações envolvidas, um histórico do que foi desenvolvido, como também os serviços de acesso aos dados e metadados geoespaciais. Acessem: www.inde.gov.br .

Este Post foi escrito por  João Alexandre S. Neto, pesquisador e colega do Grupo de Pesquisa CTMGEO.

Até mais amigos blogueiros e navegantes…

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