As duas empresas brasileiras com maior experiência na operação e desenvolvimento de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) com tecnologia 100% nacional fundiram nesta semana suas operações. As paulistas AGX Tecnologia (São Carlos) e XMobots (São Paulo) anunciaram a fusão motivadas pela sinergia já existente entre as empresas e pela complementaridade de seus serviços e produtos.
De início, as operações em conjunto envolverão as divisões de Serviços, de Produtos, Comercial e Pesquisa & Desenvolvimento, com a manutenção das unidades no interior e na capital. A nova empresa ainda não foi batizada, mas irá reunir 60 profissionais em sua grande parte engenheiros e físicos oriundos de grandes centros de excelência em ensino e pesquisa como a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade de São Paulo (USP). Com a união, o valor de mercado da empresa nascente é estimado em R$ 32 milhões.
A AGX foi criada em 2002 e entre seus grandes projetos inovadores se destaca no momento uma parceria com a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo para monitoramento ambiental e agrícola.
Giovani Amianti, diretor da XMobots, diz que a nova empresa irá dispor de uma família com várias opções de VANTs, com grande flexibilidade de adaptação às necessidades do mercado. “A XMobots foi criada em 2007 e foi a primeira empresa do Brasil a operar um veículo aéreo não tripulado na Amazônia.
Os maiores VANTs fabricados pela AGX e pela XMobots até o momento são, respectivamente, o Arara e o Apoena. O Arara foi a primeira aeronave não tripulada de asa fixa desenvolvida com tecnologia 100% nacional (abril de 2005). Já o Apoena tem 8 horas de autonomia de vôo, foi o primeiro VANT brasileiro com processo de certificação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e hoje cobre uma área de 600 km2 mensalmente no caso do trabalho realizado na usina em Rondônia. A AGX lançou no mês passado o VANT Tiriba, menor que os modelos Arara e Apoena, mas com o diferencial de ser movido a energia elétrica e poder ser lançado manualmente.
O foco de atuação da nova empresa será mantido nas áreas agrícola, ambiental, de energia e de segurança. A estimativa é que até 2020 as operações envolvendo VANTs alcancem US$ 10 bilhões em todo o mundo.
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