No próximo dia 3 de maio, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, inaugura o projeto que recebeu R$ 14 milhões em investimentos da Petrobras, no Observatório Nacional (ON), do Rio de Janeiro, às 16h.
O objetivo com a inauguração do primeiro Pool de Equipamentos Geofísicos do Brasil (Peg-Br) é oferecer suporte instrumental e de pessoal a projetos apoiados pela Petrobras no âmbito da Rede de Estudos Geotectônicos, além de outros projetos julgados de interesse nas áreas de sismologia, gravimetria e geoeletricidade (método magnetotelúrico). A iniciativa coloca o ON entre os principais centros de pesquisa em geofísica do mundo.
O Peg-Br foi proposto e está disponível para os pesquisadores das instituições que compõem a Rede de Estudos Geotectônicos coordenada pela Petrobras: ON, USP, UnB, UFRN, Unesp, Ufop, Uerj, UFF, UFPR, UFRGS, UFRJ, Inpe, UFMG e Unicamp. A ideia do pool foi apresentada pela primeira vez, em 1996, pelo atual diretor do ON, Sergio Fontes, em artigo publicado na Revista Brasileira de Geofísica.
A otimização de recursos para atender demandas por geociência, a possibilidade de diversificação dos projetos de pesquisa e uso de novas metodologias, além da oferta de suporte para desenvolvimento instrumental são alguns dos benefícios que o Peg-Br trará. “O projeto permitirá um grande salto na quantidade e qualidade dos estudos geotectônicos realizados no Brasil, possibilitando uma ampliação expressiva do conhecimento da geologia e dos recursos naturais do país”, explica Fontes.
O pool já é inaugurado com mais de 20 projetos, sendo dois dos principais que o ON mantém na área de geofísica, a Rede Sismográfica do Sul e Sudeste do Brasil (Rsis) e a Rede Brasileira de Observatórios Magnéticos (Rebom). Com investimentos de R$ 6,1 milhões também da Petrobras, a Rsis vai monitorar a atividade sísmica, ou seja, os tremores de terra, no Brasil. A rede está montando 11 estações nas regiões Sul e Sudeste, que concentram a maior parte da população do país, com sismógrafos, GPS de alta precisão e gravímetros dinâmicos. Quando o projeto começou, o Brasil contava apenas com 10 das seis mil estações sismográficas instaladas no mundo.
Já a Rebom é um projeto de R$ 1,2 milhão, com financiamento da Finep, que aumentará de dois para cinco o número de observatórios magnéticos no País e implantar dez observatórios itinerantes. O eletrojato equatorial e a Anomalia Magnética do Atlântico Sul são dois fenômenos importantes do campo magnético terrestre que podem ser observados do território brasileiro.
A Anomalia está localizada sobre o território de fronteira do Brasil com o Paraguai, na altura do estado de Santa Catarina. Ali, o campo magnético terrestre é muito reduzido, o que afeta desde satélites em órbita da Terra até a Estação Espacial Internacional, que precisou ter um revestimento especial para lidar com ela, e o telescópio Hubble, que não faz observações enquanto passa por ela.
Fonte: Ascom do ON
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