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Exclusivo: Funai cria Portal de mapas baseado em tecnologias livres

A Fundação Nacional do Índio (Funai) lançou, recentemente, um site de geo sobre terras indígenas. A novidade é que o Portal foi inteiramente construído com tecnologias livres, pela Coordenação Geral de Geoprocessamento (CGGEO).

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) lançou um site de geo sobre terras indígenas. A novidade é que o Portal foi inteiramente construído com tecnologias livres, pela Coordenação Geral de Geoprocessamento (CGGEO) e pela Diretoria de Proteção Territorial (DPT). O Portal foi criado, e é mantido, pelo geógrafo Rafael Wasowski, pela engenheira florestal Patrícia Cayres e pelo analista de geoprocessamento Bruno Rebello.

O intuito dessa nova ferramenta online é divulgar os dados e disponibilizar informações das terras indígenas regularizadas no Brasil, para atender tanto órgãos de assistência e segurança aos povos indígenas, como a Polícia Federal e ONGs, e também ao público em geral.

Segundo Bruno Rebello, a ferramenta também irá facilitar o uso dos dados geográficos por aqueles profissionais que não são especialistas na área. “Tanto no setor público quanto no mercado, o número de profissionais na área de geoprocessamento é muito restrito, o que dificulta a capacidade de atender a demanda de divulgação e tratamento dos dados geográficos para outras áreas de análise e tomada de decisão”, explica.

De acordo com Rebello, o uso da tecnologia livre gerou grande economia no setor de geoprocessamento da Funai. “Seu código-fonte aberto propicia que este seja desenvolvido por programadores voluntários e empresas que reunidos em comunidades alcançam um número de técnicos que é difícil para as empresas de software proprietário reunir. Como passam a ter acesso ao código-fonte dos programas adquiridos, os técnicos do governo podem identificar e corrigir falhas de programação, aperfeiçoar o programa para adaptá-lo as suas necessidades, redistribuir sem restrição de cópias”, completa Rebello.


Entenda como foi feito o Portal

Bruno contou ao Portal MundoGEO os passos que foram seguidos pela CGGEO para a construção do site. Depois de um breve treinamento e uma série de estudos com os técnicos já familiarizados com programas proprietários, o desenvolvimento do site aconteceu da seguinte maneira:

“As bases de dados de terras indígenas foram digitalizadas originalmente em formato DGN. Atualmente, elas são exportadas para o formato shapefile utilizando o gvSIG, onde alguns mapas são elaborados. Para exportar os dados em shapefile para o banco de dados Postgresql, utilizamos o Qgis e a extensão Postgis. Como servidor de mapas web, é utilizado o Mapserver e para publicar os dados na internet utilizamos o i3geo. No Geonetwork publicamos características dos dados geográficos (metadados) disponíveis no i3geo”, explica o analista de geoprocessamento.

Conheça os softwares i3Geo, Geonetwork e gvSig

O i3geo é um software nacional e conta com sobre de instituições que auxiliam na análise espacial, como a Agência Nacional de Águas, o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Já o GeoNetwork é a ferramenta recomendada para a implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), para carga e gestão de metadados geoespaciais no Brasil, de acordo com Bruno.

Estes softwares possuem o código-fonte aberto, e por isso podem ser utilizados, estudados e modificados, sem restrição de disponibilização e redistribuição. “Essas três ferramentas interagem com a plataforma de banco de dados Postgresql. O i3Geo busca os dados dentro do Postgresql com o componente espacial PostGIS para criar os mapas online, o gvSIG acessa o serviço WMS do i3geo e também os dados geográficos e tabulares do Postgresql. Além disso, novos dados e informações podem ser criados no gvSIG e exportados para o banco de dados e, finalmente, disponibilizados no i3geo”, explica Rebello.

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