Nem mesmo o aniversário do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) conseguiu tirar de pauta os questionamentos sobre o programa espacial brasileiro. Na cerimônia de comemoração, o atual diretor do Instituto, Gilberto Câmara, se mostrou contra a fusão, pois isso implicaria em uma mudança na estrutura organizacional do órgão.
Por outro lado, o Ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, reiterou o apoio a fusão da AEB e Inpe. Para ele, o acordo facilitaria atração de investimentos privados. O próprio presidente da AEB, e ex-diretor do Inpe, Marco Antonio Raupp, acredita que a fusão fortaleceria as pesquisas na área.
O Ministro também investiu nos discursos sobre a expansão da base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão, principalmente devido a parceria selada com a Ucrânia, para alocação de recursos no centro. A partir do ano que vem, serão retomados os trabalhos com o Veículo Lançador de Satélite (VLS, na sigla em inglês) e com foguete ucraniano Cyclone-4. Os os investimentos provenientes do governo ucraniano devem ser aportados até setembro
Para aumentar a discussão sobre o tema, Câmara assinalou o déficit de profissionais pelo qual o Inpe está passando, chegando a 600 funcionários. Segundo o diretor, a ampliação do quadro de servidores do Instituto não terá grandes impactos nas contas públicas, e enfatiza que as contratações serão grandes investimentos no futuro do país. Em reposta, Mercadante afirma que já existem negociações com o governo para cobrir quadros como esse, o mais rápido possível, como por exemplo a abertura de 75 vagas a serem ocupadas por pesquisadores do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).
Com informações Convergência Digital e portal Administradores.
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