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Inpe divulga nota sobre a queda do satélite UARS

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Concepção artística do satélite da NASA

Em resposta à preocupação pública quanto às eventuais consequências da queda na Terra do satélite americano UARS, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulga nota, informando que:

As previsões mais recentes da Nasa indicam que o satélite deverá entrar na atmosfera terrestre na tarde do dia 23 de setembro, sexta-feira. Não é possível ainda precisar a hora exata.

O satélite estava a uma altitude em torno de 190 km na manhã do dia 22 de setembro. O ponto exato em que ele entrará na trajetória final de queda ainda é desconhecido. A Nasa está acompanhando e atualizando constantemente suas previsões, mas somente será possível precisar hora e local a poucas horas da reentrada.

O satélite de aproximadamente 5.700 kg é considerado de porte moderado. A queda de objetos desse porte não é frequente, mas não constitui uma novidade.

Objetos como o satélite UARS, invariavelmente, se desintegram durante a reentrada na atmosfera terrestre, e a maior parte de sua massa é consumida em virtude do atrito e aquecimento. Não existe qualquer possibilidade de que ele chegue à superfície da Terra em uma só parte. Adicionalmente, a fragmentação distribui o pontos de queda das poucas partes que sobreviverão ao atrito com a atmosfera. Estimativas da Nasa mostram uma faixa de aproximadamente 800 km entre o primeiro e último objeto a atingir o solo. Isto significa que não existe a possibilidade de ter todas as partes remanescentes atingindo um único ponto simultaneamente.

Eventos como este ocorrem continuamente para objetos de menores dimensões. Desde o início das atividades espaciais pelo homem, não há registros comprovados de pessoas que tenham sido atingidas por eles, o que corrobora a afirmação de que as chances de alguém vir a ser atingido são muito reduzidas. A Nasa coloca as chances como sendo de 1 em 3200, que significa que seria estatisticamente necessário que 3200 satélites do mesmo tipo e porte caíssem na Terra, para que uma pessoa fosse atingida. A título de exemplo, no dia 1 de fevereiro de 2003, a espaçonave americana Columbia desintegrou-se e caiu sobre o território dos Estados Unidos. Sua massa era mais de dez vezes superior à do satélite UARS, e não há registros de indivíduos atingidos no solo.

Os materiais do satélite que poderão chegar até a superfície terrestre são em sua maioria metais como aço, alumínio e titânio. Não há elementos radioativos. Mesmo com a reduzida probabilidade de que alguém venha a testemunhar ou encontrar alguma parte remanescente, caso isto ocorra, recomenda-se informar as autoridades e evitar movê-las ou transportá-las. Ao chegar ao solo estas partes estarão invariavelmente muito aquecidas.

Informações adicionais podem ser obtidas diretamente em nota da Nasa, que posta continuamente atualizações sobre o processo de reentrada do satélite UARS. No mesmo endereço há também um documento com análise dos riscos envolvidos e outro com respostas a perguntas frequentes sobre o assunto. Os documentos estão em inglês.

Fonte: Ascom do Inpe

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