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Círculo de pedras no Amapá é considerado o Stonehenge brasileiro

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O círculo de pedras no norte do Estado do Amapá, localizado no sítio arqueológico de Rego Grande, é parte da história de antigos povos indígenas que habitaram aquela região da Amazônia. Assim como o famoso sítio britânico Stonehenge, no sul da Inglaterra, foi um lugar utilizado por antigas civilizações do planeta para marcar datas astronômicas e realizar cerimônias especiais, como o sepultamento de humanos. Localizado no município de Calçoene (2° 29′ 52″ N, 50° 56′ 56″ W), a aproximadamente 384 km de Macapá, hoje o local pode ser visitado por estudantes, pesquisadores da área e grupos interessados em conhecer civilizações passadas.

Enquanto que o famoso sítio inglês tem cerca de 4,5 mil anos, o sítio do Rego Grande é mais recente, com cerca de mil anos. Durante o solstício de dezembro (entre os dias 21 e 22), é possível observar o percurso do sol no céu. Para marcar estas datas, os índios dispuseram as rochas no solo. Os pesquisadores acreditam também que o lugar foi palco de cerimônias para oferendas dos antigos habitantes, algumas de caráter astronômico. O alinhamento de duas rochas marca, por exemplo, no começo do solstício, o ponto exato em que o sol nasce.

Já uma pedra que tem 2,5 metros de altura foi enterrada para que suas faces maiores estejam voltadas para o sul e para o norte. No dia do solstício, a luz não cria sombra em nenhuma de suas faces principais. Nos outros dias do ano, durante a tarde, o sol estará sempre ao norte, pois o período de solstício de dezembro marca a posição austral máxima do astro.

Localizado no topo de uma colina, a estrutura circular do monumento tem por volta de 30 metros de diâmetro, e fica entre os campos alagados do litoral e áreas de savana. As técnicas para construção destes antigos monumentos é ainda desconhecida. É possível que os índios tenham aproveitado as falhas geológicas dos afloramentos de granito para destacá-las destes afloramentos e depois transportá-las e dispô-las no local.

As primeiras observações arqueológicas da região foram feitas no fim do século 19. O sítio do Rego Grande que, por seu diâmetro e tamanho das rochas é único até agora, no entanto, só foi descoberto no final do ano de 2005 por pesquisadores do Iepa.

Hoje, o órgão responsável pela preservação do lugar é o Iepa (Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá), que desenvolve o Projeto de Investigação Arqueológica na Bacia do Rio Calçoene, a fim de detectar as formas de vida daqueles povos.

Círculo de pedras é conciderado o "Stonehenge brasileiro"
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