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Tempestade solar pode interferir em sinais de satélites

Esta intensa atividade solar pode impactar na transmissão de sinais GNSS, provocando variações no comportamento da ionosfera, que se localiza aproximadamente entre 50 a mil quilômetros de altitude. É ela que provoca a refração ionosférica nos sinais GNSS. Seu efeito é proporcional ao Total Electron Contents (TEC), ou seja, a quantidade de elétrons presentes ao longo do caminho percorrido, pelo sinal, entre o satélite e o receptor. O TEC varia no tempo e no espaço em razão das variações da radiação solar, localização e campo geomagnético, dentre outras anomalias e irregularidades. A ionosfera contribui com os maiores erros presentes nas

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Tempestade solarUma tempestade solar de grandes proporções atingiu a Terra no início da tarde desta terça-feira, 24 de janeiro. A nuvem de partículas carregadas é resultado de uma erupção registrada na superfície da estrela na noite do último domingo.

A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos indicou que seu Centro de Previsões de Clima Espacial, no Colorado, observou a erupção solar no domingo às 14h (de Brasília). A radiação começou a chegar à Terra uma hora mais tarde e continuará até hoje, 25 de janeiro.

Embora seja uma preocupação principalmente para os satélites e astronautas em órbita da Terra, a tempestade também pode afetar as comunicações de aeronaves voando próximas dos polos e redes elétricas de alta tensão, além de provocar auroras boreais e austrais, que poderão ser vistas a latitudes menores que o comum.

Interferência em serviços GNSS

Esta intensa atividade solar pode impactar na transmissão de sinais GNSS, provocando variações no comportamento da ionosfera, que se localiza aproximadamente entre 50 a mil quilômetros de altitude. É ela que provoca a refração ionosférica nos sinais GNSS. Seu efeito é proporcional ao Total Electron Contents (TEC), ou seja, a quantidade de elétrons presentes ao longo do caminho percorrido, pelo sinal, entre o satélite e o receptor. O TEC varia no tempo e no espaço em razão das variações da radiação solar, localização e campo geomagnético, dentre outras anomalias e irregularidades.

A ionosfera contribui com os maiores erros presentes nas observações GNSS. Eles podem ser geralmente modelados usando dados de receptores de múltiplas frequências e algoritmos especiais. No entanto, dependendo da atividade solar e sua influência no campo geomagnético, o comportamento da ionosfera pode variar de forma imprevisível, criando distúrbios adicionais, tais como a cintilação, que são difíceis de serem modelados.

Frequentemente, mas não somente, no máximo do ciclo solar de 11 anos (próximo em 2013), a ionosfera se comporta de forma muito irregular, podendo causar uma grande degradação dos serviços GNSS, principalmente daqueles que proporcionam alta acurácia. Regiões de latitudes altas, bem como equatoriais, são mais afetadas, a exemplo do Norte da Europa e grande parte do Brasil.

Veja a seguir um vídeo  formado por um conjunto de observações da erupção feitas pelo observatório espacial da Nasa:

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