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Brasil e China reafirmam parceria para o setor espacial

Na oportunidade, as autoridades também confirmaram a decisão de ampliar os esforços conjuntos com vistas ao lançamento dos satélites sino-brasileiros de recursos terrestres Cbers-3, em 2012, e Cbers-4, em 2014, e concordaram quanto ao interesse em estimular o trabalho conjunto para a distribuição internacional dos dados daqueles satélites.

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Durante encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, há uma semana na Rio+20, os governos do Brasil e da China elevaram o nível de sua parceria para “estratégica global”.

Na oportunidade, as autoridades também confirmaram a decisão de ampliar os esforços conjuntos com vistas ao lançamento dos satélites sino-brasileiros de recursos terrestres Cbers-3, em 2012, e Cbers-4, em 2014, e concordaram quanto ao interesse em estimular o trabalho conjunto para a distribuição internacional dos dados daqueles satélites.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é o responsável no Brasil pelo Programa Cbers. A parceria iniciada com a China há mais de 20 anos garantiu a ambos os países o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto para observação da Terra. Com o Programa Cbers, o Inpe fomenta a inovação tecnológica no parque industrial brasileiro, através do desenvolvimento por empresas nacionais de subsistemas e equipamentos para os satélites.

Acordos

A presidente e o primeiro-ministro chinês assinaram acordos no âmbito do Plano Decenal de Cooperação 2012-2021, nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, cooperação espacial, energia, mineração, infraestrutura, transporte, indústria, financeira, econômico-comercial, cultural, educacional e intercâmbio entre sociedades civis.

As novas iniciativas conjuntas englobam segmentos como nanociência e nanotecnologia, meteorologia, meio ambiente, mudanças do clima, tecnologias do bambu, energias limpas, renováveis e economia verde, biotecnologia e tecnologias agrícolas, tecnologia da informação e das comunicações (TICs) e promoção do diálogo entre parques tecnológicos, com vistas a associações entre pequenas e médias empresas de base tecnológica de ambos os países.

A assinatura dos acordos estabelece a criação dos centros virtuais conjuntos Brasil-China de Satélites Meteorológicos e de Biotecnologia, que poderão contemplar atividades de pesquisa conjunta em áreas como informação meteorológica, alerta sobre desastres naturais, biomedicina, bioinformática e biomateriais.

Novos testes no satélite Cbers-3

Satélite CBERS-3 em Pequim
Cbers-3 em câmera anecóica do Centro Espacial Chinês, em Pequim. Fonte: INPE

Na China, foi concluída mais uma etapa dos testes que antecedem o lançamento do satélite sino-brasileiro Cbers-3, previsto para o final do ano. Especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, na sigla em inglês) checaram a autocompatibilidade do satélite e a sua compatibilidade eletromagnética com o veículo lançador.

Esses testes são necessários para comprovar que um equipamento do satélite não interfere em outro. A impossibilidade de reparo em órbita torna imprescindível a simulação em Terra de todas as condições que o satélite irá enfrentar desde o seu lançamento até o final de sua vida útil no espaço.

Antes de embarcar para a China, o Cbers-3 enfrentou uma série de ensaios ambientais, em todos os seus equipamentos e subsistemas, no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe, em São José dos Campos (SP).

Fonte: INPE

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