O Waze, aplicativo grátis para telefones móveis que funciona como um GPS social com mais de 20 milhões de usuários no mundo, é um jeito fácil de achar alternativas para fugir do trânsito carregado e chegar mais rápido ao seu destino.
O paulistano enfrenta uma média de 80 quilômetros de lentidão por dia. Somente na região Sudeste do país existem 24 milhões de veículos circulando diariamente, destes, 6 milhões passam todos os dias pelos 17 mil quilômetros de vias da cidade de São Paulo.
O trânsito da capital paulista faz o motorista gastar cerca de 240 mil horas por ano do seu tempo nos congestionamentos, e a única maneira de fugir é achar rotas alternativas. Foi isto o que o fez o analista de rede Rodrigo D’Amico. “Eu ficava ouvindo notícias pelo rádio sobre o trânsito antes de sair para o trabalho, agora eu ouço somente o Waze. Uso todos os dias indo para o trabalho e, dependendo do trânsito, mudo meu caminho, e para isso conto com as informações do aplicativo. Antes demorava em torno de 40 minutos, agora levo de 25 a 30 minutos”, conta o usuário.
Waze: como funciona
No Brasil, existem atualmente 480 mil wazers – como são chamados os usuários do aplicativo –, sendo que cerca de 50% estão na cidade de São Paulo. Esse número vem crescendo cerca de 80 mil por mês. Todos os usuários têm papel fundamental para a atualização da situação do trânsito em tempo real, que pode ser feita rapidamente através de ícones ilustrativos que sinalizam problemas no caminho. “Gosto muito de ajudar os outros com informações de trânsito, problemas de vias, ajudar a mapear ruas no mapa”, comenta Rodrigo D’Amico.
Waze lançou sua primeira aplicação móvel em Israel, onde foi baixado por mais de 80 mil motoristas. Em menos de um ano, a comunidade criou o mapa navegável inteiro. As informações de trânsito foram construídas pela comunidade em tempo real, atingindo cerca de 90% de cobertura e prevendo o ‘tempo estimado de chegada’ com mais de 85% de precisão.
“O mercado de tecnologia de navegação está rapidamente mudando para dispositivos conectados, liderado pela proliferação de smartphones com GPS e com acesso à banda larga”, afirmou Mark Fitzgerald, da Strategy Analytics. “O mapa tradicional torna as tecnologias intensivas de trabalho muito caras. Mapas em tempo real em dispositivos móveis tornam o custo mais acessível. A comunidade interagindo com o mapa, fornecendo informações sobre as condições da estrada, facilita e barateia os custos. É como um mapa para a geração móvel, assim como a Wikipedia serve de enciclopédia para a geração de Internet”, completa.