Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que atuam no projeto de pesquisa sobre a plataforma continental rasa do Brasil, realizaram na Ilha de Santo Aleixo, no litoral sul de Pernambuco, manobras de mergulho para testar moderno equipamento de amostragem e preparar a equipe que participa da expedição de pesquisa ao arquipélago de Fernando de Noronha. A expedição vai atualizar o conhecimento geológico da região. O local foi escolhido por ser o mais próximo com condições similares de Noronha.
O objeto da campanha foi sincronizar o trabalho das três equipes envolvidas nos levantamentos que serão realizados no arquipélago. As equipes são compostas por pesquisadores em geociências da CPRM, mergulhadores científicos contratados, cinegrafistas que irão gravar imagens inéditas do trabalho que será executado no fundo no mar, em profundidades que chegam a 40 metros.
“Como se trata de uma expedição em uma Ilha com precárias condições de suporte logístico não poderíamos deixar de realizar esse projeto piloto, testando os equipamentos a serem utilizados, quantificando tempo de mergulho para amostragem, bem como a sincronização do trabalho envolvendo as três equipes”, explica a geóloga Hortência Maria Barboza de Assis, coordenadora do projeto. Segundo a geóloga durante os testes foi confeccionado martelo inercial específico para coleta de material mais resistente, como rochas magmáticas e sedimentares. “Não podemos utilizar equipamentos clássicos por se tratar de uma unidade de conservação que requer cuidados especiais com o ecossistema, tanto a biota como o meio abiótico”, destaca.
Este será o primeiro mapa faciológico de Fernando de Noronha, abrangendo toda área da unidade de conservação. “Ao final teremos a cartografia geológica emersa associada à submersa. Os resultados serão de extrema importância para a comunidade científica, mas também para órgãos de controle e monitoramento, como o Instituto Chico Mendes, que administra o arquipélago”, informa a pesquisadora.
A expedição em Fernando de Noronha irá realizar mergulhos que variam de 11 a 40 metros de profundidade (lâmina d’água) o que exige mergulhadores com experiência em pesquisa científica. A amostragem vai permitir a validação do mapa fisiológico realizado com o emprego da tecnologia LIDAR (sensor de aerolevantamento a laser). Já foram realizadas as aquisições de dados sísmicos e de sonografia, com o objetivo de caracterizar a estratigrafia do fundo do oceano e obter parâmetros de ecocaráter como referência para parametrização dos dados do aerolevantamento a laser.
Fonte: CPRM
Aproveite a nova promoção e assine a revista MundoGEO! Assinando agora você ganha mais 1 ano e renova só em 2014!