De novembro de 2012 a fevereiro de 2013, as áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia somaram 615,4 km². Os dados foram registrados pelo Deter, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que serve para orientar a fiscalização.
As nuvens encobriram 34% da Amazônia Legal em novembro, enquanto em dezembro 54% da região não pôde ser observada. No mês de janeiro a cobertura de nuvens chegou a 67%. Já em fevereiro esse índice foi de 64%.
Entre novembro e abril, época de chuvas na Amazônia, a observação por satélites se torna mais difícil devido à intensidade de nuvens que cobrem a região. Nesta época, o Inpe divulga os resultados do Deter agrupados por período, embora o sistema mantenha durante todo o tempo sua operação regular e o envio diário dos dados ao Ibama e Ministério do Meio Ambiente, responsáveis pela fiscalização e controle do desmatamento.
No mapa abaixo, os pontos em verde indicam a localização dos alertas emitidos em novembro; os pontos em vermelho, dos alertas de dezembro; os pontos em laranja, dos alertas de janeiro; e os pontos em amarelo, dos alertas de fevereiro.
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o Inpe não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema Deter. Os relatórios mensais completos estão disponíveis na página do Deter.
Controle
Segundo informações divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), os indicativos de desmatamento registrados na Amazônia Legal voltaram aos patamares de controle, e as taxas de alteração de paisagem no bioma caíram em relação ao mesmo período anterior.
Em agosto passado, a região amazônica experimentou devastação ambiental expressiva, com 522 hectares degradados, 220% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2011. “Não há indicativos de aumento nem de descontrole. Agosto é um mês de seca, em que há muitos incêndios e, portanto, bastante degradação”, justificou o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo de Menezes.
Ainda de acordo com o Ministério, os novos dados disponibilizados pelo Deter mostram que a alta taxa de agosto foi um caso isolado. Em janeiro deste ano, foram contabilizados apenas 9 km2 de devastação. Contra os 22 km2 registrados no mesmo mês de 2012, a redução é de 58%. Em fevereiro, os registros seguiram a mesma tendência. Foram 270 km2 desmatados, frente aos 307 verificados no mesmo mês do ano anterior, o que representa queda de 12%.
Por conta do pico de agosto, o acumulado do Deter apresentou ligeiro aumento. Entre agosto de 2012 e fevereiro deste ano, o satélite do Inpe identificou 1.695,27 km2 de destruição florestal, contra os 1.338,84 km2 devastados no mesmo período anterior, o equivalente a 26,62%. “É uma informação de apoio à fiscalização”, ponderou o presidente do Ibama, Volney Zanardi Junior. “Mas a intensificação das operações já está trazendo muitos resultados positivos.”
Com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA)
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