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Inpe desenvolve tecnologias para saúde pública

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O programa Espaço e Sociedade, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apresentará tecnologias para a área de Saúde Pública em dois eventos internacionais programados para o mês de outubro.

O Inpe é um dos organizadores do 1st Symposium on Big Data and Public Health – BDPH 2013, que será realizado nos dias 24 e 25 de outubro na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. Modelos matemáticos, estatísticos e computacionais ajudam a compreender a epidemiologia de várias doenças ao integrar dados sobre localização geográfica e variáveis climáticas e ambientais que interferem nas questões de saúde pública. Durante o evento, serão apresentadas tecnologias derivadas do programa espacial para essa área, como sistemas de informações geográficas que usam dados e imagens de satélites.

Já na conferência Grand Challenges in Global Health – GCGH 2013, que acontece de 28 a 30 de outubro, também na cidade do Rio de Janeiro, o programa do Inpe será responsável pela sessão especial Epidemiologic support system for surveillance of dengue and other transmissible diseases. A palestra, ministrada por Antonio Miguel Vieira Monteiro (Inpe) e Leda Regis (Fiocruz), faz parte da sessão Modeling and Surveillance e está programada para o dia 30 de outubro.

Organizado pelo Ministério da Saúde do Brasil e pela Fundação Bill & Melinda Gates, o GCGH 2013 pretende fomentar a colaboração científica entre pesquisadores e grupos de várias partes do mundo, para viabilizar tecnologias de impacto na área de saúde e, também, na agricultura.

Espaço e Sociedade

O Inpe mantém o programa Espaço e Sociedade para desenvolver ferramentas de análise espacial para diversos setores, da gestão urbana ao monitoramento ambiental, tendo a saúde pública como tema de vários projetos.

Junto a parceiros como a Fiocruz, o Inpe criou o Saudavel – Sistema de Apoio Unificado para Detecção e Acompanhamento em Vigilância Epidemiológica, que insere as tecnologias de informação espaciais, como imagens de satélites e bancos de dados geográficos, no contexto do controle de endemias.

Para o combate a dengue, por exemplo, foi desenvolvido o Sistema de Monitoramento e Controle Populacional do Aedes aegypti (SMCP-Aedes). O sistema mostra em mapa os locais onde foram contados mais ovos da fêmea Aedes. Com o cruzamento da informação espacial com dados cartográficos, socioambientais e epidemiológicos, é possível ter um eficiente sistema de alerta e controle da doença para que os órgãos públicos possam intervir antes de surtos se transformarem em epidemias.

Os resultados do programa Espaço e Sociedade, assim como o monitoramento da Amazônia e a previsão do tempo, entre outras atividades do Inpe, exemplificam como o brasileiro – muitas vezes sem perceber – usufrui do seu programa espacial, que gera dados que subsidiam pesquisas e resultam em produtos e serviços com impactos diretos na qualidade de vida da população.

Fonte: Inpe


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