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O fator humano

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Da Universidade para o Mercado

Indo direto ao ponto: precisamos urgentemente preparar melhor os profissionais do futuro para atuar na cadeia produtiva e usuária do setor de geomática no Brasil. Apesar dos avanços, notamos uma distância considerável entre a formação e as demandas do mercado.

Apesar de parecer uma questão complexa, comento algumas ações relativamente simples que podem acelerar esta integração entre formação universitária e ingresso na vida profissional.

Como primeiro passo, pode-se criar uma ponte permanente de comunicação entre as universidades e o mercado. Sabe-se que a atualização curricular precisa ser amplamente discutida, mas geralmente ela é demorada. Um atalho que pode ajudar é estabelecer uma agenda de reuniões entre os professores, usuários e empresas privadas.

Notam-se algumas iniciativas de profissionais sendo convidados para fazer palestras aos estudantes ou visitarem as instituições. Mas isto só não basta. O que falta são os responsáveis pelo ensino participarem mais, pois são eles – e não os estudantes – que têm mais força para promover mudanças que permitam alinhar os conteúdos com os avanços das geotecnologias e com as reais necessidades dos futuros contratantes, públicos ou privados.

Outro passo é a universidade propor temas para pesquisas mais alinhados com o que o mercado necessita. Claro que é importante o setor acadêmico pensar no futuro, mas é também essencial que os trabalhos acadêmicos possam apontar alguns caminhos inovadores para soluções de problemas atuais.

Por fim, o terceiro passo é a participação mais efetiva das universidades (alunos e professores) em eventos, não só necessariamente acadêmicos e científicos. Para os alunos é importante perceber o mercado como ele é, e não só imaginá-lo como é descrito dentro da vida acadêmica. E para os professores é fundamental entender as demandas e ajustar melhor a sintonia das disciplinas.

Afinal, para que serve o ensino se não preparar os futuros profissionais para atuar com eficiência, eficácia e com visão inovadora que os inspire a construir um mundo melhor. Neste desafio, cada um tem que fazer a sua parte: indústria, usuários, instituições, universidades e os profissionais.

Para colaborar nesta aproximação, a MundoGEO criou o evento mundogeoXperience, que acontecerá de 6 a 9 de maio em São Paulo (SP), em paralelo à quarta edição do evento MundoGEO#Connect. Nele estão previstas várias atividades especialmente projetadas para estimular esta aproximação, como o GEO Hackhaton e o GEO Academia.

Emerson Zanon GranemannEmerson Zanon Granemann

Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO

emerson@mundogeo.com

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