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Drones dos EUA devem aumentar na América Latina

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Segundo um relatório publicado pelo Centro de Política Internacional (CIP), Grupo de Trabalho sobre a América Latina (LAWGEF) e pelo Escritório de Washington sobre a América Latina, a projeção de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs ou Drones) dos Estados Unidos é aumentar na América Latina nos próximos anos.

De acordo com o estudo, na medida em que os drones estão se retirando do Afeganistão e os custos dos equipamentos continuam a cair rapidamente, é esperado que o Governo de Obama utilize drones mais frequentemente nas Américas. O Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) e o Departamento de Segurança Nacional (DHS) contam agora com sete Veículos Aéreos Não Tripulados Predator B ao longo da fronteira entre os EUA e México.

Proliferação de VANTs na América Latina

Na América Latina, pelo menos oito países têm programas próprios para a fabricação de VANTs. Segundo o relatório, o objetivo mais citado é para fins de vigilância, tanto por razões de segurança e para a detecção de atividades ilícitas. Além disso, outros usos incluem a inspeção de áreas agrícolas, bem como a detecção de problemas ambientais.

No início de 2013, os Estados Unidos forneceram ao Governo colombiano seis VANTs Boeing ScanEagle e um pequeno VANT para reconhecimento, que pode ser lançado manualmente. Mas, independente desse apoio, os EUA têm mantido fora da América Latina o mercado de Veículos Aéreos Não Tripulados. No entanto, isso pode mudar em breve. Segundo consta o relatório, a General Atomics recebeu uma autorização do Departamento do Estado para vender VANTs e armamentos como o Predator B para os Emirados Árabes Unidos, e espera em breve comercializar com os países latino-americanos.

O Brasil, por sua vez, lidera a aquisição e fabricação de VANTs na América Latina. O país conta com dois VANTs Hermes de origem israelita, e em 2010 passou a investir 350 milhões de dólares na aquisição de 14 VANTs israelense Heron – que serão entregues ao longo dos próximos anos. A maior parte de seu uso é para voos de inspeção ao longo das fronteiras do país, mas com a proximidade dos eventos esportivos que serão realizados, o Brasil também vem testando os VANTs para detectar atividades criminosas nas favelas do Rio de Janeiro (RJ).

A Bolívia vem utilizando VANTs israelense para a detecção de tráfico de drogas. Este país também tem trabalhado com o Brasil para detectar plantações ilegais de coca. Já a Venezuela possui dois VANTs iranianos Mohajer e, com a ajuda de Irã, Rússia e China, desenvolveu a capacidade de fabricar VANTs em sua própria companhia militar-industrial, a Cavim. Além disso, o país anunciou sua intenção em utilizar estas aeronaves para a defesa, monitoramento de gasoduto, florestas e estradas.

A Argentina, México e o Peru estão desenvolvendo seus próprios VANTs. Além dos esforços para detectar atividades de organizações criminosas, o estudo afirma que o México também vai utilizar aeronaves não tripuladas para segurança nacional e para sua Marinha. Já a Colômbia iniciou um programa para o desenvolvimento de aeronaves não tripuladas, investindo mais de 14 milhões de dólares em 2012 e está prestes a investir até 50 milhões em VANTs israelense Hermes.

Segundo aponta o estudo, o Chile também adquiriu VANTs de Israel e deu os primeiros passos para produzir seus próprios drones. O país planeja ter 18 aeronaves para equipar sua força aérea, principalmente para patrulhar as fronteiras com o Peru e Bolívia. Além disso, o Equador e o Uruguai também começaram a empregar seus programas de aeronaves não tripuladas.

Ao concluir, o relatório revela que a tecnologia de VANTs vêm evoluindo rapidamente na América Latina e, seu principal objetivo é para fins de defesa, monitoramento de atividades criminosas, agricultura e meio ambiente.

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