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Inpe divulga novos dados sobre o desmatamento na Amazônia

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As áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia somaram 598 km² nos meses de setembro e outubro, segundo os dados registrados pelo Deter, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) baseado em satélites e destinado a orientar a fiscalização em campo.

A distribuição das áreas de alerta (em km²) e dos percentuais de cobertura de nuvens nos estados da Amazônia Legal é apresentada na tabela ao lado.

Mapa de alertas de setembro

Os resultados do Deter devem ser analisados em conjunto com as informações sobre a cobertura de nuvens, que afeta a observação por satélites. As áreas em rosa dos mapas a seguir correspondem aos locais que estiveram encobertos em setembro e outubro. Nos mesmos mapas, os pontos amarelos mostram a localização dos alertas emitidos pelo Deter.

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o Inpe não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses obtidos pelo sistema Deter. Os relatórios mensais completos estão disponíveis na página www.obt.inpe.br/deter.

Mapa de alertas de outubro

Sistema de alerta

Realizado pela Coordenação de Observação da Terra do Inpe, o Deter é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.

Os alertas produzidos pelo Deter servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta. Embora os dados sejam divulgados ao público em relatórios que reúnem informações de um ou mais meses, os resultados do Deter são produzidos e enviados diariamente ao Ibama.

O Deter utiliza imagens do sensor MODIS do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência de cobertura de nuvens.

A menor resolução dos sensores usados pelo Deter é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.

Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidência de degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem parte do processo de desmatamento na região.

Os números apontados pelo Deter são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o Inpe utiliza o PRODES, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.

A cada divulgação sobre o sistema de alerta Deter, o Inpe apresenta ainda um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como todos os dados relativos ao Deter, podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter.

Fonte: Inpe

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