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Copa e Olimpíadas no Brasil não terão o uso de VANTs

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Por Júlio Ottoboni

Uma grande baixa em termos tecnológicos para os dois maiores  eventos esportivos mundiais que ocorrerão no Brasil. Tanto na Copa do Mundo no ano que vem como nas Olimpíadas em 2016, no Rio de Janeiro, os Veículo Aéreo Não Tripulados (VANTs) estão impedidos de serem usados. Inexiste até o momento certificação para essa modalidade de aeronave sobrevoar, principalmente, áreas urbanas. Esse gargalo mundial deverá ser resolvido apenas em 2020, com a criação de um protocolo internacional.

A falta dos VANTs impedirá tanto a fiscalização aérea, seja por parte da polícia ou do exército, além de frustrar grande parte das emissoras de tevês. Algumas empresas de comunicação chegaram a adquirir o equipamento para geração de imagens aéreas, principalmente nas Olimpíadas, em provas de longa distância. Para complicar, a regulamentação dos voos comerciais dos VANTs no Brasil envolvem a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e DCA.

Nauru 500 é o primeiro VANT privado a receber o certificado pela Anac no Brasil

A Anac tem discutido internamente uma regulamentação e o documento ficará pronto ainda neste mês de dezembro e sua publicação nos diários oficiais em 2014, embora isto não resolva a questão do uso comercial e em áreas densamente habitadas. Atualmente cerca de 10 empresas e organizações criadas em parcerias com universidades e as forças armadas estão desenvolvendo esse tipo de aeronave.

Os primeiros passos para regularizar a situação das aeronaves já foi dada, apesar do número de operações ilegais e aparelhos seja ainda infinitamente maior que os esforços empreendidos para solucionar o problema. O engenheiro mecatrônico Fábio Henrique de Assis, diretor da empresa Xmobots, de São Carlos, interior de São Paulo, já conseguiu a certificação para uso experimental junto a Anac de um de seus produtos, o Nauru 500.

“Nossa expectativa é comercializar cerca de 12 aparelhos por ano e temos já algumas negociações em curso”, comentou Assis.

Atualmente no Brasil há aproximadamente 20 aparelhos adquiridos legalmente e outros 30 projetos sendo produzidos e testados. Esse tipo de aeronave é tida como fundamental para fiscalização de áreas urbanas e rurais, áreas de conflito e tomadas aéreas de grandes eventos, como shows, acidentes, congestionamentos e formação de tempestades entre outras aplicações.

Fonte: DefesaNet

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