No dia 11 de fevereiro de 2013, A Nasa lançou o satélite Landsat 8 a partir da Base da Força Aérea em Vandenberg, na Califórnia. O lançamento ocorreu conforme o esperado, e 100 dias depois a Nasa transferiu o sistema operacional para o Serviço Geológico dos EUA (U.S. Geological Survey). Assim, O Landsat 8 juntou-se a seus antecessores para continuar a fornecer um registro contínuo das mudanças em toda superfícieda Terra. O projeto iniciou em 1972.
Orbitando a aproximadamente 705 quilômetros acima da Terra, os satélites Landsat já documentaram diversos processos naturais, tais como erupções vulcânicas, recuos glaciais, inundações e incêndios florestais, assim como os processos induzidos pelo homem, como a expansão urbana, irrigação de culturas e desmatamento florestal.
” Os dados produzidos pelo Landsat desempenham um papel vital na gestão dos recursos naturais da América. As indústrias e vários setores dependem desses recursos”, disse Barbara Mikulski, presidente do Comitê de Apropriações do Senado que financia a Nasa e a USGS .
O Landsat 8 coleta aproximadamente 550 imagens por dia. Junto com o Landsat 7, operando desde 1999, quase mil imagens são captadas diariamente. A capacidade do satélite em monitorar ecom mais frequência áreas constantemente nubladas melhora a coleta de dados em regiões de fundamental importância para estudos climáticos (por exemplo, trópicos úmidos e altas latitudes).
O sistema robusto de processamento de dados Landsat 8 permite que as imagens estejam disponíveis para uso público dentro de cinco horas após a coleta e processamento. Todos os dados do Programa Landsat ficam disponíveis para os usuários desde 2008.
Os dados do Landsat 8 têm sido utilizados para diversas aplicações públicas, incluindo o monitoramento da qualidade das florestas pelo Serviço Florestal dos EUA, mapeamento de áreas de queimadas pela USGS, e o mapeamento de terras cultiváveis pelo Serviço Nacional de Estatística Agrícola.
“Antes do lançamento, eu disse que seria o Landsat 8 o melhor satélite da geração, e acho que o primeiro ano provou isso”, disse James Irons, cientista do projeto Landsat 8.
Nos testes de classificação de cobertura do solo realizados por Curtis Woodcock, da Universidade de Boston, os resultados da classificação do Landsat 8 foram 19,5% mais precisos do que os desenvolvidos a partir do Landsat 7 . Pesquisadores australianos estão descobrindo que as melhorias das coletas de dados do Landsat 8 ajudam na identificação dos objetos e na capacidade em quantificar as áreas de degradação da Terra.