A Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) dos Sistemas GNSS passou a contar, em março de 2014, com 101 estações, após a integração de cinco novas estações, localizadas em Araquari e Florianópolis/SC (SCAQ e SCFL), Bacabal/MA (MABB), Sobral/CE (CESB), Afogados da Ingazeira/PE (PEAF).
Cada estação da RBMC é equipada com um receptor GNSS (Global Navigation Satellite Systems – sistemas de navegação GPS + Glonass), conectado a um link de internet, através do qual os dados são disponibilizados gratuitamente no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Através das informações geradas pela RBMC podem-se obter coordenadas (latitude, longitude e altitude) com precisão de poucos centímetros e são diferentes daqueles que estamos acostumados a usar em nosso dia-a-dia, nos dispositivos móveis. Esta precisão, entretanto, é necessária para diversas aplicações e atividades profissionais que são realizadas em diferentes áreas, por exemplo, na engenharia, na navegação aérea e marítima, nos cadastros rural e urbano, agricultura de precisão, entre outras. Por isso, a rede, Em operação desde 1996, tem sido uma ferramenta de muita importância para o desenvolvimento das geotecnologias no Brasil.
Apesar de ter partido de uma iniciativa do IBGE, a RBMC é hoje um grande esforço de dezenas de instituições públicas de todo o país, que contribuem com alguma infraestrutura para operação dessas estações. Dentre estas instituições, destacam-se o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e, mais recentemente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe_, que utiliza os dados da RBMC, por exemplo, no Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace), no Sistema Integrado de Posicionamento para Estudos Geodinâmicos (Sipeg) e no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), para o cálculo dos modelos de previsão de tempo.
A RBMC contribui também no desenvolvimento das atividades de projetos internacionais como o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), que realiza estudos de geodinâmica da placa sul-americana, através das séries temporais das coordenadas das estações GNSS.
Das 101 estações que atualmente compõem a RBMC, 63 operam em tempo real, e o restante, para pós-processamento. Todas as capitais do Brasil contam com pelo menos uma estação da rede e, em todas elas, os dados são disponibilizados em tempo real e para pós-processamento.
Os processos de coleta e disponibilização dos dados são automáticos, fazendo com que os arquivos diários para pós-processamento sejam liberados nas primeiras horas do dia seguinte. Mensalmente são realizados mais de 40 mil downloads no portal do IBGE e mais de 4 mil usuários já foram cadastrados para o acesso em tempo real.
Mesmo com este expressivo número de estações, a RBMC ainda precisa ser densificada nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, onde é necessária uma melhor cobertura em áreas importantes.
Saiba mais na página da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC).
Novas tecnologias para topografia
A próxima edição do MundoGEO#Connect LatinAmerica, Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais, será realizada de 7 a 9 de maio de 2014, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Serão quase 30 cursos, seminários, eventos especiais e encontros de profissionais, que acontecerão ao longo de três dias.
Dentre as atividades confirmadas para o MundoGEO#Connect 2014 está o Seminário Automação Topográfica, que apresentará as tecnologias para levantamentos e o futuro da topografia, no dia 8 de maio. Debata com especialistas e conheça os resultados dos projetos desenvolvidos pelos novos sensores terrestres a laser que estão revolucionando a área de agrimensura e cartografia. Além disso, debata com especialistas os principais ganhos em produtividade usando novas soluções de coleta e processamento de dados via GNSS e estações totais.
Para mais informações e inscrições, acesse a página do Seminário de Automação Topográfica.